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Como fica o financiamento de imóveis com a Selic alta?

A taxa básica de juros impacto o setor de financiamento imobiliário. Entenda melhor e veja o que dizem os especialistas.

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

A Selic, taxa básica de juros, impacta todas as taxas presentes no mercado financeiro, inclusive a taxa do ramo do financiamento imobiliário. De 2020 a 2022, a sua alíquota foi de 2% a 13,25%. O que dificulta e até mesmo impede a aquisição da casa própria para os brasileiros. Segundo o DataFolha, 87% da população deseja uma habitação própria. 

A mudança expressiva na Selic elevou os custos totais dos financiamentos, que nesse momento cobram em média 9,8% ao ano dos contratantes. Em 2020, o valor cobrado era de 7%. Esse aumento, que não aparenta ser tão grande, significa que no caso de imóveis de R$ 250 mil, por exemplo, é acrescentada uma diferença de R$ 68 mil em juros.  

Em relação aos imóveis mais caros, de R$ 500 mil e R$ 1 milhão, o adicional de juros é de R$ 137 mil e R$ 300 mil, respectivamente. O financiamento de imóveis, hoje, é 20% mais caro quando comparado a 2020. 

Taxa Selic X Financiamento Imobiliário 

Como dito anteriormente, a Taxa Selic impacta o setor imobiliário. Mas é importante ressaltar que essa influência não é direta e nem imediata. A taxa de financiamento não aumenta ou diminui na mesma proporção que a taxa básica de juros. 

Conforme especialistas, se os bancos agissem 100% de acordo com a taxa Selic para os créditos imobiliários isso representaria uma taxa em torno de 12% no momento atual. O que seria extremamente negativo para o setor, uma vez que geraria uma reação ruim em cadeia. 

Nesses casos, menos pessoas poderiam financiar, e as empresas venderiam e produziriam menos, o que geraria desempregos.

Taxa Selic e sistemas de financiamento

O impacto da Selic também varia de acordo com os tipos de sistemas de financiamento. No Brasil, existem dois: Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro de Habitação (SFH). 

Através do SFH, é possível financiar um imóvel por meio dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança para a liberação de crédito. Este tipo é o mais comum no país. 

Já pelo SFI, as regras sobre os juros e condições são definidas pelas instituições financeiras. Esta modalidade é utilizada por pessoas que não se enquadram nos critérios da SFH. Ela também não permite o uso do FGTS. 

O que dizem os especialistas? 

Assim sendo, especialistas não recomendam o financiamento de imóveis em momentos de juros altos, como o atual. O mais indicado é esperar a taxa Selic começar a apresentar baixa. Isso só deve ocorrer a partir de 2024, de acordo com pesquisas do Boletim Focus.

Os consultores afirmam que o melhor a se fazer é aproveitar esses dois anos para aumentar o valor guardado e aplicar o dinheiro em renda fixa para conseguir um maior montante para a entrada em 2024. Uma boa opção de investimento é o Tesouro Selic, que oferece liquidez diária e paga a variação de juros do período. 

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Imagem: Stock-Asso / shutterstock.com