Companhia aérea Gol tem dívida milionária e pode pedir recuperação judicial

A Gol Linhas Aéreas, uma das maiores companhias aéreas do Brasil, está em uma corrida contra o tempo tentando encontrar recursos para evitar um eventual pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

Isso porque a companhia tem uma significativa dívida que vence até o dia 31 de Janeiro. A saber, a dívida totaliza US$ 12 milhões, ou seja, aproximadamente R$ 60 milhões.

Segundo informações da empresa de research especializada em crédito, Lucror Analytics, caso essa dívida não seja paga a tempo, a Gol terá mais 30 dias para impedir o default e o vencimento antecipado.

Companhia aérea Gol pode pedir recuperação judicial: Um problema de juros e um prazo curto

O que torna essa dívida especialmente desafiadora é que ela é parte de uma quantidade maior. Estamos falando de um bond de US$ 650 milhões que a Gol emitiu para 2025 a uma taxa de 7% ao ano, com pagamentos de juros semestrais.

Atualmente, há cerca de US$ 342 milhões desses títulos no mercado. Um analista que acompanha a dívida da companhia afirmou que se a Gol não cumprir seus compromissos, pode encontrar mais dificuldades para obter recursos adicionais de seus investidores.

A busca por novos recursos

Na tentativa de evitar entrar com um pedido de Chapter 11 nos EUA — equivalente a um pedido de recuperação judicial — a Gol está negociando com credores e acionistas.

Assim, a empresa busca levantar entre US$ 750 milhões e US$ 1 bilhão, apurou o Pipeline. No entanto, essa questão ainda segue indefinida, acrescentando um elemento a mais à já pressionada situação da companhia aérea.

Gol tem futuro incerto

A continuidade da negociação dessa dívida é de extrema importância para a saúde financeira da Gol. Em resumo, caminha para uma economia cada vez mais incerta, com uma série de desafios a serem enfrentados. Levantar esse montante ajudaria a companhia aérea a manter suas operações e a proteger seus credores.

Com a aproximação da data do vencimento, a empresa está empenhada na busca de recursos para evitar um futuro financeiro ainda mais turbulento.

Imagem: NurPhoto / Getty Images