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Congresso se divide em debate sobre taxação em compras de até 50 dólares; saiba mais

Congresso em debate sobre taxação em compras até 50 dólares. Leia mais, fique atualizado e conheça as perspectivas!

O Congresso Nacional está em meio a um debate intenso em torno de seis projetos de lei (PLs) que tratam sobre a questão da taxação do imposto de importação para compras de bens de pequeno valor por pessoas físicas. Atualmente, essas aquisições, se não ultrapassarem o valor de US$ 50, são isentas de impostos. Entretanto, essa medida tem sido questionada.

Os defensores da taxação, por sua vez, argumentam que as empresas internacionais de e-commerce ganham vantagem competitiva por não pagarem impostos de importação no Brasil, causando prejuízos ao comércio local. Eles alegam que essas gigantes usam o benefício concedido a remessas entre pessoas físicas para importar produtos sem recolher o tributo sobre importados.

Os impactos para o varejo brasileiro

O setor varejista brasileiro tem se manifestado contrário ao benefício da isenção para compras de até US$ 50. As empresas e entidades do setor argumentam que, enquanto pagam uma alta carga tributária no país, as empresas estrangeiras se beneficiam da isenção, criando um cenário de concorrência injusta.

Em cima de um teclado, miniatura de carrinho de compras com pequenas caixas de papelão taxação compras internacionais
Imagem: William Potter / shutterstock.com

Dessa forma, o varejo defende a cobrança do imposto de importação para aquisições em plataformas internacionais e clama pela isonomia de condições com os players nacionais. Frente a esse impasse, a solução provisória tem sido a criação do programa “Remessa Conforme”, que busca garantir uma cobrança justa dos impostos de importação. O programa tem sofrido críticas, contudo, por ainda isentar o imposto de importação e cobrar apenas 17% de ICMS.

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Questão política da taxação

A questão da taxação também tem um viés político. No momento atual, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o poder de acabar com a isenção sem passar pelo Congresso. No entanto, a questão tem peso político e pode gerar impopularidade. Nesse sentido, há projetos que visam também a retirar o poder do Ministério da Fazenda de decidir unilateralmente sobre o tema.

De maneira geral, enquanto alguns defendem a taxação como uma forma de garantir a concorrência justa e de compensar a perda de arrecadação do governo, outros veem a isenção como um estímulo ao comércio e ao consumidor. A questão, portanto, permanece em aberto e em intensa discussão no Congresso.

Imagem: Maxx-Studio / Shutterstock.com