Conheça a AmBev, maior cervejaria do mundo

Nascida a partir da fusão entre a Brahma e a Antarctica, a AmBev, de origem brasileira, se tornou a maior cervejaria do mundo. Em um mercado gigantesco, em que a escala de produção faz toda a diferença, a empresa se tornou líder mundial, após uma série de fusões e aquisições.

Em seu portfólio de marcas estão Skol, Budweiser, Stella Artois, Corona, entre diversas outras, além de refrigerantes, como Guaraná Antarctica, energéticos e águas. Como se vê, com certeza, você já deve ter consumido alguma bebida da AmBev.

Neste artigo, vamos explorar e contar a história da AmBev, bem como os fatores que contribuíram para o seu sucesso global. Vamos nessa!

História da AmBev

Como comentamos, a história da AmBev começou com a fusão entre as marcas Brahma e Antarctica, duas das principais cervejarias brasileiras, em 1999, quando o negócio foi concretizado. Eram marcas com muita tradição e dominantes no mercado.

A Companhia Antarctica Paulista (Antarctica) existia desde 1885 e a Companhia de Bebidas das Américas (Brahma) desde 1888. Ou seja, eram marcas com muita relevância e líderes da preferência entre os consumidores brasileiros, sobretudo a Brahma.

De acordo com informações da imprensa na época, a nova empresa passou a responder por 40% do mercado nacional de bebidas e 70% da produção de cerveja. Mesmo assim, no ano seguinte, o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) aprovou a fusão.

A junção de negócios gerou críticas, mas foi aprovada. Os embates estavam, sobretudo, no poder de concentração de mercado, o que poderia prejudicar a entrada de novos concorrentes. Além disso, a preocupação estava no quanto a AmBev poderia ditar os preços do mercado.

Em relação ao bares e restaurantes, os críticos questionaram o quanto a empresa poderia influenciar, com seu poderio econômico, a escolha por suas marcas. Ao final, o Cade obrigou a AmBev a vender a marca Bavária, que detinha mais de 4% do mercado na época, e pertencia ao grupo.

Também para liberar a fusão, se estabeleceu que a Bavária poderia usar a rede distribuição da AmBev, por alguns anos.

E, por fim, se definiu que a empresa deveria vender, ao mesmo comprador, cinco fábricas. A intenção, assim, era que um novo competidor pudesse ingressar no mercado.

Donos da empresa

Toda essa articulação foi realizada pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles, que estão os maiores bilionários do Brasil. Recentemente, entretanto, eles viraram notícia, com o escândalo contábil da Lojas Americanas, empresa em que também são donos.

Apesar dessa mancha recente em suas biografias, eles foram fundamentais para o crescimento da AmBev. Com uma visão empreendedora e abordagem estratégica dos negócios, o trio de empresários tomou decisões ousadas, promovendo eficiência operacional e um agressivo ciclo de meritocracia.

Dessa forma, ampliaram a lucratividade da empresa, preparando o terreno para passos mais ousados de crescimento, nos anos seguintes. Tudo isso, principalmente, a partir da compra de concorrentes e junção com outras marcas globais.

Expansão global

A grande jogada, contudo, dos empresários aconteceu em 2004. Em agosto daquele ano, a AmBev e a Interbrew, uma cervejaria belga, combinaram os seus negócios. Junto, houve a incorporação indireta da Labatt, uma das marcas líderes do Canadá, à AmBev.

Assim, a Interbrew se transformou na InBev, tornando-se acionista majoritária da Ambev. O acontecimento movimentou o noticiário de negócios, trazendo ainda mais os holofotes ao trio de empresários brasileiros.

Budweiser

No entanto, uma nova cartada ainda viria. Em julho de 2008, a InBev pagou US$ 52 bilhões pela Anheuser-Busch, principal cervejaria dos Estados Unidos e dona da marca Budweiser.

Ali se formou a AB InBev, enfim, a maior produtora de cervejas do mundo. Nesse mesmo ano, a 3G Capital foi fundada por Lemann, Telles e Sicupira, com o objetivo de investir em empresas com alto potencial de crescimento.

Em 2013, a 3G Capital se tornou o principal acionista da AB InBev, adquirindo uma participação significativa na empresa.

Para finalizar, em 2016, em uma transação com a AB InBev, passou a administrar a SABMiller no Panamá.

Números da Ambev 

Após todos esses movimentos não é de se estranhar que os números da empresa impressionem.

No primeiro trimestre de 2023, a AmBev apresentou lucro líquido de R$ 3,819 bilhões, o que representa um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, a receita líquida foi de R$ 20,531 bilhões entre janeiro e março, alta de 11,3% no ano.

Vale destacar que a AmBev é uma empresa de capital aberto, o que significa que suas ações são negociadas em Bolsa de Valores.

A empresa é listada na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) sob o código “ABEV3”. Além disso, tem papéis negociados na NYSE (Bolsa de Valores de Nova York), sob o símbolo “ABEV”.

O que a AmBev vende?

A AmBev é reconhecida por sua variedade de produtos e marcas. São mais de 70 rótulos distribuídos entre diversos produtos comercializados ao redor do mundo.

O carro chefe da companhia continua sendo a venda de cervejas. A AmBev é uma das maiores produtoras de cerveja do mundo e possui um portfólio muito diversificado, que inclui desde cervejas populares até marcas premium. 

Os produtos podem ser encontrados em lojas de conveniência, mercearias, supermercados, bares, restaurantes, entre outros. 

Além disso, a AmBev também possui outras categorias de bebidas em seu portfólio, como refrigerantes, água, chás e energéticos.

Todos esses produtos contribuem para a diversificação e a expansão dos negócios da empresa.

Recentemente a AmBev criou uma unidade de negócio para produzir vinhos. Nesse contexto, o vinho Dante Robino, proveniente de uma vinícola argentina que pertence à cervejaria, já é comercializado na plataforma Zé Delivery, aplicativo da própria AmBev, que entrega bebidas em mais de 200 cidades do Brasil.

Quais as marcas que fazem parte da AmBev?

A AmBev possui um amplo portfólio de marcas em diferentes categorias de bebidas que fazem parte do cotidiano de muitas pessoas. 

Essas são apenas algumas das marcas da AmBev, separadas por diferentes segmentos de mercado:

• Cervejas: Skol, Brahma, Antarctica, Budweiser, Stella Artois, Corona, Original, Bohemia, Beck’s, Quilmes, Wäls, Colorado, entre outras;
• Refrigerantes e bebidas não alcoólicas: Guaraná Antarctica, Pepsi, Soda, Sukita, H2OH!, Gatorade, Lipton Ice Tea, Do Bem, entre outras;
• Água: AMA, Água Schin, Água Cristal;
• Bebidas energéticas: Fusion.

Além disso, desde 2019 a AmBev é a responsável por distribuir bebidas energéticas da Red Bull em determinados pontos de venda do território nacional. Neste caso, a Red Bull vende suas bebidas à AmBev, que as revende atuando como distribuidora independente, arcando com os custos de distribuição.

Imagem: Reprodução/Ambev