Consórcio de carro é melhor que financiamento? Entenda!

Diante do aumento da inflação, diversos setores da indústria estão sofrendo com a alta de juros, ainda mais na hora de comprar um carro. Além disso, também é possível notar a alta no valor dos produtos usados na matéria-prima, às vezes superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A partir disso, os brasileiros procuram por alternativas para poder comprar veículos. Entre essas opções estão os financiamentos e consórcios. Mas, afinal, qual é o melhor? Descubra a seguir.

Financiamento ou consórcio?

Com o aumento dos valores, nem sempre é possível comprar um carro pagando à vista. É preciso recorrer a formas de crédito, como o financiamento ou consórcio.

Para quem está nessa situação e quer trocar ou adquirir um carro, ou, quem sabe, começar 2023 com um carro novo, é importante saber se é melhor financiar ou fazer um consórcio.

Neste caso, é importante considerar os seguintes detalhes: planejamento, construção de uma reserva e pesquisa.

Qual é a diferença na compra de veículos?

De acordo com o vice-presidente de negócios da Embracon:

“A principal diferença entre o financiamento e o consórcio acontece na hora de quitar. Os consórcios oferecem taxas lineares e menores, possibilitando crédito para quem tem mais dificuldade e, mesmo assim, deseja adquirir o automóvel ou montar uma reserva”.

Abaixo, confira 3 pontos que destacam as principais diferenças na compra de veículos.

1. Aprovação de crédito

Com mensalidades nas faixas de R$ 300 a R$ 1 mil, quem optar pelo consórcio não precisa dispor de valores de entrada; como é feito no financiamento, caso o crédito seja aprovado.

Segundo Eduardo Rocha, CEO da fintech Klubi, “Para quem quer e pode comprar o carro à vista, ou financiado, para sair com a chave na mão, é o mais adequado. Entretanto, o consórcio é uma alternativa para quem tem dificuldade de aprovação de crédito e ajuda a contribuir com a educação financeira“.

2. Prazo

De acordo com os dados de empresas do setor, os grupos de consórcios têm prazo médio de 80 meses. Sendo que, no geral, no meio do período, todos os integrantes do grupo adquirem o automóvel, seja via sorteio ou via lance extra ofertado.

Para Bruno Martins, gerente de inovação da Multimarcas, a estimativa para 2023 é que o número de capitalizações e de unidades siga crescendo:

“Existe uma mudança no perfil de compra do cliente que vem tendendo a comprar o consórcio por conta do reflexo do aumento da taxa Selic. O modelo de consórcio vai continuar porque o cliente percebe cada vez mais que é importante se planejar e ter um orçamento mais enxuto para alcançar as metas”.

3. Cálculo das taxas

Enquanto as operadoras de consórcio cobram taxas de administração, os financiamentos são atrelados à tabela de juros, disponibilizada pelo Banco Central.

De acordo com os dados do BC, as taxas ao ano vão de 14,14% a 49,66%, do Banco da Amazônia, e do SF3 Crédito Financiamento e Investimento, respectivamente.

O CEO da Klubi diz que a média da taxa para planos de 80 meses em consórcios será de 16% a 26% no total, sendo de 0,2% a 0,32% ao mês. Toscano, da Embracon, diz que no consórcio a taxa é de 23% no período, ou 0,23% mensal linear, diferente do financiamento com o regime de juros compostos.

Afinal, qual é o mais vantajoso?

Em suma, essa é uma questão muito particular. Ou seja, vai depender dos seus planos e objetivos, e do quanto você pode “esperar”. Para Rocha, o consórcio tem 3 vantagens principais: inclusão, acessibilidade financeira e flexibilidade.

Por fim, com a alta das taxas de crédito no financiamento, e da inflação afetando o preço dos carros, o consórcio é uma opção econômica. Entretanto, a pessoa não pode ter pressa para comprar, pois se não der lance, dependerá do sorteio mensal para ser contemplado.

Imagem: Jack Bkk / shutterstock.com