Desde o início da pandemia do coronavírus, em Wuhan na China, há cerca de quatro meses, o surto infectou mais de 3,6 milhões de pessoas no mundo todo, e matou mais de 250.000. E conforme um novo relatório de especialistas em epidemiologia nos EUA, a pandemia de coronavírus pode durar dois anos.
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De acordo com o relatório do Centro de Pesquisa e Política de Doenças Infecciosas da Universidade de Minnesota, “o vírus pegou a comunidade global desprevenida, e seu curso futuro ainda é altamente imprevisível; não há bola de cristal para dizer o que o futuro reserva e qual será a forma para controlar essa pandemia ”.
Coronavírus pode durar dois anos: veja 3 diferentes cenários
Para ajudar nas previsões e orientações, os especialistas analisaram crises anteriores de saúde pública, incluindo as epidemias de SARS e a gripe de 1918. Os quatro especialistas que assinam o relatório analisaram três cenários diferentes de como a pandemia poderia se desenrolar nos próximos meses:
- No primeiro cenário, a atual onda do COVID-19 será seguida por uma série de ondas menores e repetitivas. Elas devem se repetir ao longo do ano, e ir diminuindo gradualmente ao longo de 2021.
- Outro cenário mostra a atual onda sendo seguida por uma onda maior no fim de 2020, e uma ou mais ondas menores em 2021. Foi o que aconteceu durante a gripe de 1918. Pode ser que essas ondas posteriores sejam muito mais mortais do que a onda atual.
- No terceiro cenário, a atual onda de coronavírus é seguida por uma “queima lenta” das ocorrências de casos em andamento, sem um padrão claro. Essa tendência não ocorreu durante pandemias anteriores da gripe, observou o relatório.
“Qualquer um que seja o cenário que a pandemia siga (assumindo pelo menos algum nível de medidas de mitigação em andamento), devemos estar preparados para pelo menos outros 18 a 24 meses de atividade significativa do COVID-19, com pontos quentes surgindo periodicamente em diversas áreas geográficas”.
Coronavírus pode durar dois anos, até se atingir a imunidade de rebanho
Antes de mais nada, o COVID-19 se espalha mais facilmente do que a gripe. Levando isso em conta, o relatório constatou que o surto provavelmente não será interrompido até que 60% ou 70% da população esteja imune à infecção respiratória viral.
Além disso, os especialistas recomendaram que as agências governamentais e os prestadores de serviços de saúde se preparem para o pior cenário: não há vacina disponível nem desenvolvimento de imunidade de rebanho. As autoridades também devem desenvolver estratégias para garantir a proteção dos trabalhadores médicos durante os surtos de COVID-19, disse o estudo.
“À medida que a pandemia diminui, é provável que o SARS-CoV-2 continue circulando na população humana e sincronize com um padrão sazonal com menor gravidade ao longo do tempo”, dizem os especialistas.
Vacina não vai mudar rapidamente a situação
Uma vacina pode ajudar, segundo o relatório, mas não rapidamente. “O curso da pandemia também pode ser influenciado por uma vacina; porém, uma vacina provavelmente não estará disponível antes de 2021. E não sabemos que tipos de desafios podem surgir durante o desenvolvimento da vacina que podem atrasar o cronograma”.
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Imagem destaque: fernando zhiminaicela / Pixabay