Crédito rotativo é considerado um dos maiores problemas de juros do país; você sabe como funciona?
Os juros cobrados pelas instituições financeiras pelo rotativo do cartão de crédito são os maiores do mercado. Veja!
Conforme o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o crédito rotativo é o maior problema de juro no país. Recentemente, a modalidade atingiu a marca de 455% ao ano e é a mais cara presente no mercado. Não à toa, foi criado um grupo de trabalho com o Banco Central (BC) para tentar amenizar a alíquota.
Em certo momento, chegou a ser cogitada a extinção da linha de crédito. Mas, nada nesse sentido foi confirmado até o momento. A solução defendida a partir do debate deve ser apresentada em 90 dias.
Para Haddad, a situação do crédito rotativo amplia o nível de endividamento entre os brasileiros e tem maior impacto sobre a população de baixa renda. No mês de julho, o índice de inadimplência relacionada ao serviço ficou em 49,1%.
Crédito rotativo
O crédito rotativo começa a ser cobrado quando os consumidores não realizam o pagamento integral da fatura do cartão dentro do prazo de vencimento. Desse modo, sobre a diferença entre o valor pago e o total, passam a incidir os juros. A quantia torna-se uma espécie de empréstimo.
Diante do cenário de taxas muito elevados para a modalidade, a dívida das pessoas que caem nessa situação só aumenta e de forma expressiva. É por isso que tem sido defendida uma redução nos juros cobrados pelas instituições financeiras.
Projeto de Lei defende a redução da taxa de juros
O Projeto de Lei n. 2.685/2022 que está em tramitação no Congresso Nacional trata justamente sobre uma redução na taxa de juros para o crédito rotativo. No texto, é determinado um prazo para que os bancos façam o reajuste e determinem um limite para a alíquota aplicada pelo serviço.
Caso contrário, a legislação prevê que os juros do cartão sejam atrelados ao do cheque especial. Atualmente, a taxa incidente é de 8% ao mês, o que corresponde a uma diminuição expressiva quando comparada com o rotativo.
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