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Crise da Americanas continua aterrorizando o mercado de crédito brasileiro

Embora já tenha passado mais de 8 meses desde o início da crise das Americanas, o fato continua aterrorizando o mercado brasileiro. Entenda!

No dia 11 de janeiro deste ano, a Americanas divulgou que foi identificado um rombo de R$ 20 bilhões em seus balanços. Pouco tempo depois, a varejista entrou em recuperação judicial, sendo que a dívida total era de R$ 47,9 bilhões. Em seguida, teve início uma batalha judicial entre a Americanas e os bancos credores, que afirmam que o rombo é uma fraude.

Assim, por mais que já tenha passado mais de oito meses desde o início da crise da varejista, o fato continua aterrorizando o mercado de crédito brasileiro, que foi fortemente impactado devido ao grande calote dado pela empresa nos principais bancos do país. Veja mais detalhes!

Crise da Americanas impacta mercado de crédito

Fernando Rocha, chefe do departamento de estatística do Banco Central do Brasil (BC), afirmou ao Valor Econômico, que o rombo contábil da Americanas promoveu uma queda na oferta de linhas crédito em diversas modalidades. Principalmente, em linhas como “risco sacado”, antecipação de recebíveis e desconto de duplicatas.

Fachada de uma loja da Americanas dentro de um shopping center.
Imagem: rafapress / shutterstock.com

Em síntese, nas operações de risco sacado, o contratante do crédito repassa a responsabilidade do pagamento de fornecedores para as instituições financeiras. Frequentemente utilizada na gestão do capital de giro, essa linha é uma operação de curto prazo e possibilita a ampliação do tempo de pagamento aos fornecedores.

Quanto a antecipação de recebíveis é o recurso que possibilita que a empresa recebam valores antes do previsto. Já a duplicata é um título de crédito, onde o devedor se obriga a pagar o valor de uma determinada fatura dentro do prazo estabelecido.

Aumento da inadimplência

Além disso, Rocha ressaltou ao Valor Econômico que, após a crise da Americanas vir à tona, houve um aumento da inadimplência, principalmente após o mês de abril. Por exemplo, o não pagamento dos descontos de duplicata teve um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação a maio.

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Contudo, embora isso tenha continuado nos meses seguintes, o ritmo desacelerou. Por fim, vale lembrar que, desde o início da crise, a Americanas já fechou mais de 30 lojas, demitindo cerca de 1.400 trabalhadores.

Imagem: rafapress / shutterstock.com