Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Qual a diferença entre consórcio e financiamento ao comprar um imóvel?

Comprar sua casa própria custa caro. Mas como é necessária uma grande quantia de dinheiro, é difícil uma pessoa juntar todo o montante para pagar à vista pelo bem. É nessas horas que podemos optar entre algum tipo de parcelamento destes valores, e eis que surge a dúvida: qual a diferença entre consórcio e financiamento? Ouvimos falar muito sobre essas duas modalidades, mas o que as difere e qual seria a melhor opção para você?

É provável que você também goste:

INSS está chamando os aposentados e pensionistas por telefone e WhatsApp para adquirir o novo cartão do benefício?

Você tem moedas das Olimpíadas? Elas podem valer até R$ 7 mil

Bolsonaro vai acabar com o Minha Casa Minha Vida em 2020? 

Qual a diferença entre consórcio e financiamento?

Se você não sabe, convido a fazer a leitura que segue.

Financiamento

Nesta modalidade de crédito para comprar um imóvel, você recebe o bem e depois, de posse dele, começa a pagar. O financiamento é feito por alguma instituição financeira. No caso de financiamento imobiliário, a Caixa é o banco que mais opera esse serviço, mas outros bancos também o fazem, como Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú, Banco Inter, entre outros.

É como se o banco emprestasse o montante do valor do seu bem, pagando à vista para você, e depois cobrasse de forma parcelada. Entretanto, as taxas de juros do financiamento costumam ser menores do que as de um empréstimo. Além disso, geralmente no financiamento se trabalha com valores altos, como no caso de um imóvel.

Financiamento no Minha Casa Minha Vida

Atualmente, é possível financiar imóveis até determinado valor (geralmente em torno de R$ 150 a R$ 250 mil, dependendo da cidade) pelo programa Minha Casa Minha Vida. Mas para quem não atende aos pré-requisitos do programa social, os bancos também oferecem a possibilidade de financiamento, porém sem intermédio do governo.

Quando você escolhe pelo financiamento ao comprar um imóvel, deve primeiramente encontrar o bem que você deseja adquirir, e depois procurar o banco. O banco, por sua vez, fará uma análise de crédito para saber qual valor sua renda familiar pode comportar. Normalmente, o prazo pode ser de até 30 anos para pagamento, o que equivale a 360 parcelas. Neste caso, o banco pede um valor de entrada, normalmente de 20% ou 30% do valor do imóvel.

Após a aprovação de crédito para comprar um imóvel, você deve dar o valor da entrada diretamente ao vendedor, e o banco dará a ele a soma do seu financiamento. O banco ficará com o bem alienado, ou seja, enquanto você não quitar o financiamento, o bem não é seu, mas sim do banco. Você pode usar o bem normalmente, porém, se deixar de pagar o financiamento, o banco tomará o bem de você. Após quitar o financiamento, o bem será passado para o seu nome.

Formas de financiamento

Atualmente, os bancos trabalham com duas modalidades de financiamento:

● Tabela SAC: A amortização é constante. Você começa pagando mais e termina pagando menos. Além disso, nessa modalidade, geralmente o valor financiável é menor.

● Tabela Price: O valor das prestações é o mesmo do início ao fim do financiamento, incluindo os juros com cotas de amortização. Nessa modalidade, o valor financiável é um pouco maior.

Consórcio

No caso do consórcio para comprar um imóvel, você começa a pagar e recebe o bem após um sorteio, podendo recebê-lo no início ou apenas no final do prazo do pagamento. Não é necessário pagar valor de entrada como no financiamento. Além disso, não há juros ao comprar um imóvel. Na verdade, o consórcio é uma espécie de autofinanciamento. A compra do bem é feita com o dinheiro dos próprios integrantes do grupo, através do dinheiro recolhido nas mensalidades.

O valor da prestação no caso do consórcio inclui o fundo comum, que é o valor para formar a poupança que pagará pelo bem de cada participante do consórcio, além da taxa de administração e fundo de reserva e seguros (se existir).

Consórcio não tem juros, mas tem taxa

O único excedente do valor do imóvel que você vai pagar é a taxa de administração, que varia de 15% a 20% sobre o total do bem. Essa taxa é fixa e informada quando você contrata a carta de crédito. O valor da taxa de administração é diluído nas parcelas.

Quando você adere a uma determinada carta de crédito para comprar um imóvel, irá se reunir com o grupo de consorciados que integram seu consórcio. Os sorteios acontecem todos os meses, de forma transparente. Nestes sorteios será escolhido qual bem será comprado no mês, que pode ser de qualquer um dos integrantes do grupo que ainda não foram contemplados. E todos do grupo serão contemplados em algum momento. Alguns são contemplados no primeiro mês, enquanto outros apenas no último.

Mas se você tem pressa em receber o bem, poderá fazer um lance, que é um pagamento a mais na sua mensalidade para ter mais chances de ganhar o sorteio. Se você der o maior lance entre os integrantes do grupo, você é contemplado. Ademais, o valor do seu lance será utilizado para quitar as mensalidades seguintes. Para consórcios imobiliários, é possível usar o valor do FGTS para dar um lance.

Qual o melhor: Financiamento ou consórcio

Em alguns casos, é melhor financiar. Por exemplo, se você mora de aluguel e quer comprar um imóvel, ao financiar você receberá prontamente seu imóvel e já pode morar nele. Assim, deixará de pagar aluguel e poderá pagar apenas as parcelas do financiamento.

Por outro lado, o consórcio sai mais barato do que o financiamento, pois não tem juros. Além disso, você pode contratar mesmo que esteja negativado, o que não acontece com o financiamento. Outra vantagem é que você tem mais opções de escolha do valor do imóvel que deseja.

Enfim, gostou da matéria?

Então, siga o nosso canal do YouTube, e nossas redes sociais como o FacebookTwitter e Instagram. Assim acompanhará tudo sobre bancos digitais, cartões de crédito digitais, empréstimos e matérias relacionadas ao assunto de fintechs.

Imagem: Rawpixel.com / shutterstock