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Dívida Pública do Brasil bate recorde e traz alarme econômico

Descubra como a dívida pública do Brasil em 2024, agora em 75% do PIB, desafia a economia e as finanças do governo.

Apesar da dívida pública, o início de 2024 marcou um ponto de inflexão para a economia brasileira sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com um significativo aumento na arrecadação de impostos em janeiro. Essa notícia, aparentemente promissora, indica uma recuperação econômica capaz de gerar mais receitas.

No entanto, a melhoria nas finanças do governo gerou preocupações imediatas entre especialistas do mercado financeiro. Apesar desse aumento na receita, o Brasil continua lutando para equilibrar suas contas.

Com o presidente Lula indicando a intenção de “aumentar o limite de gastos”, crescem os temores de que essa situação possa agravar ainda mais a dívida. A preocupação com uma dívida pública crescente, que pode afetar a estabilidade econômica do país a longo prazo, é evidente.

Perspectiva para a dívida pública brasileira

imagem de moedas de 1 real e no fundo bandeira brasileira

Segundo Cristiane Schmidt, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), a projeção para a dívida pública brasileira é pessimista. Ela ressalta a ausência de desaceleração da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

A dívida, que em janeiro de 2024 alcançou 75% do PIB, um recorde desde julho de 2022, evidencia um cenário preocupante. Esse aumento contrasta com a queda observada em 2021 e 2022, sugerindo que o país estava se encaminhando para uma trajetória fiscal mais sustentável. Contudo, o recente crescimento reacendeu preocupações sobre a gestão eficaz da dívida.

Impacto do aumento dos juros

A situação complica-se com o aumento dos custos financeiros da dívida. O Banco Central reportou que os juros, acumulados historicamente, atingiram R$ 746 bilhões, destacando o peso significativo dos pagamentos de juros nas finanças do governo.

A necessidade de contrair novas dívidas para cobrir esses pagamentos coloca a dinâmica fiscal do país em um ciclo vicioso, onde a dívida gera mais dívida. Além disso, a corretora XP prevê que a dívida possa atingir 77% do PIB em 2024, com estimativas mais pessimistas para os anos seguintes.

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A reversão dessa tendência preocupante depende da implementação de políticas fiscais responsáveis, equilibrando a necessidade de estimular o crescimento econômico com a urgência de manter a dívida pública controlada.

Imagem: rafastockbr / shutterstock.com