Dividendos de até 9,4%: 5 ações recomendadas pelo Itaú em outubro
O mês de outubro chega com expectativas elevadas no mercado de ações, especialmente para quem busca boas oportunidades em dividendos. O Itaú BBA divulgou uma nova carteira recomendada, reunindo cinco papéis com potencial de remuneração aos investidores e resultados consistentes para o médio e longo prazo.
Entre as escolhidas, aparecem empresas de diferentes setores, o que reforça a estratégia de diversificação e proteção em meio a um cenário ainda marcado por incertezas macroeconômicas. A lista contempla nomes como Copel, Caixa Seguridade, Bradesco, Direcional e Aura Minerals.
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O contexto da carteira de dividendos em outubro
O mercado brasileiro segue atento ao comportamento da taxa Selic, que impacta diretamente a atratividade da renda variável frente à renda fixa. Com a expectativa de cortes a partir de 2026, os investidores buscam empresas que consigam manter margens robustas e gerar fluxo de caixa suficiente para distribuir dividendos consistentes.
Nesse ambiente, o Itaú BBA destacou companhias com perspectivas sólidas de crescimento e capacidade de atravessar períodos de oscilação do mercado. A carteira de dividendos, que já mostrou desempenho superior ao Ibovespa em setembro, surge como alternativa para quem busca retorno acima da média.
Desempenho recente da carteira
Em setembro, a carteira recomendada pelo Itaú registrou retorno de 7,1%, superando o Ibovespa em 3,7 pontos percentuais. Desde o início do ano, a valorização acumulada chega a 66,6%, resultado que reforça a qualidade da seleção feita pelos analistas.
Dentro do portfólio, a Aura Minerals foi o destaque positivo, com valorização de 21% no mês, enquanto a Marcopolo apresentou desempenho mais fraco, limitando os ganhos gerais. Ainda assim, o saldo permanece bastante positivo para quem apostou na estratégia.
As 5 ações recomendadas pelo Itaú em outubro
Copel (CPLE6)
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é um dos principais ativos do setor elétrico e apresenta um dividend yield estimado em 8,1% para 2025. A empresa se beneficia da previsibilidade de receitas, característica marcante do segmento de energia, e segue em processo de modernização e eficiência operacional.
Os analistas apontam que o preço justo para o papel é de R$ 13,60, com peso de 20% dentro da carteira. A solidez da companhia e o potencial de distribuição de dividendos tornam a Copel uma escolha estratégica para investidores em busca de estabilidade e retorno contínuo.
Caixa Seguridade (CXSE3)
A Caixa Seguridade aparece como uma das grandes apostas do Itaú para outubro. Com dividend yield estimado em 8,9% para 2025, a empresa deve se beneficiar do crescimento do setor de construção civil, especialmente no segmento de baixa renda, que impulsiona a contratação de novos seguros habitacionais.
Outro ponto destacado é o seguro prestamista, que pode ganhar relevância em um cenário de Selic mais baixa a partir de 2026. O preço justo estimado pelos analistas é de R$ 17, também com peso de 20% na carteira.
Bradesco (BBDC4)
O Bradesco mantém posição relevante no setor bancário e continua sendo uma referência para investidores que buscam empresas consolidadas e com potencial de distribuição de dividendos. Para 2025, a estimativa é de um dividend yield de 8,7%.
Os analistas destacam que o banco vem atravessando um período de ajustes, mas mantém uma posição de destaque no crédito e nos serviços financeiros. O preço justo projetado é de R$ 22 por ação, com 20% de participação no portfólio recomendado.
Direcional (DIRR3)
A Direcional é uma das principais construtoras voltadas ao segmento de baixa renda e vem se destacando pelo forte crescimento nos últimos anos. O dividend yield projetado é de 9,4%, o maior entre as empresas selecionadas pelo Itaú para outubro.
O preço justo estimado é de R$ 19,70 por ação. A empresa se beneficia de políticas de incentivo habitacional e de um mercado aquecido para o público de menor renda, além de apresentar uma estrutura financeira saudável para manter a distribuição de resultados aos acionistas.
Aura Minerals (AURA33)
A mineradora Aura Minerals completa a lista de recomendações. Com dividend yield estimado em 7,8% para 2025 e preço justo de R$ 63, a companhia vem aproveitando o cenário favorável para o ouro, que atingiu níveis recordes nos últimos meses.
Além disso, a empresa tem investido em maior eficiência operacional, fator que reforça sua capacidade de geração de caixa. Com peso de 20% na carteira, a Aura surge como uma aposta de diversificação e exposição ao setor de mineração e commodities.
Comparativo de dividendos projetados
| Empresa | Código | Dividend Yield 2025 | Preço Justo | Peso |
| Copel | CPLE6 | 8,1% | R$ 13,60 | 20% |
| Caixa Seguridade | CXSE3 | 8,9% | R$ 17,00 | 20% |
| Bradesco | BBDC4 | 8,7% | R$ 22,00 | 20% |
| Direcional | DIRR3 | 9,4% | R$ 19,70 | 20% |
| Aura Minerals | AURA33 | 7,8% | R$ 63,00 | 20% |
Perspectivas macroeconômicas e impactos nos dividendos
Selic e renda variável
Com a expectativa de cortes na taxa Selic apenas em 2026, muitos investidores ainda veem atratividade na renda fixa. No entanto, empresas sólidas com alto potencial de dividendos podem oferecer retornos mais expressivos no longo prazo.
Setor de construção e seguros
O avanço da construção civil, especialmente no segmento de baixa renda, tende a impulsionar a Caixa Seguridade e a Direcional, fortalecendo seus resultados e garantindo maior capacidade de distribuição de dividendos.
Commodities em alta
A valorização do ouro tem sido uma importante alavanca para a Aura Minerals. Em momentos de instabilidade econômica global, o metal precioso segue sendo um porto seguro, favorecendo empresas que atuam no setor de mineração.
O mês de outubro marca mais uma oportunidade para investidores que buscam rentabilidade e previsibilidade por meio de dividendos. A carteira recomendada pelo Itaú reúne empresas de setores variados, capazes de oferecer tanto estabilidade quanto potencial de crescimento.
Com estimativas de dividend yield entre 7,8% e 9,4%, os papéis da Copel, Caixa Seguridade, Bradesco, Direcional e Aura Minerals se apresentam como alternativas atrativas em um cenário de incertezas econômicas, mas de grandes possibilidades para quem aposta na renda variável.
Para o investidor que busca diversificação, solidez e remuneração acima da média, a carteira de outubro do Itaú pode ser um guia estratégico na hora de decidir onde alocar recursos nos próximos meses.