Dólar pode cair a R$ 4,60 em 2024, segundo o BTG Pactual
Previsão otimista do BTG Pactual sugere possível queda do dólar a R$ 4,60 em 2024. Entenda os motivos e projeções econômicas.
O BTG Pactual, em um relatório realizado pela economista Iana Ferrão, estimou uma cotação do dólar para o ano de 2024 em R$ 4,80. O valor da moeda, contudo, pode ser ainda menor, entre R$ 4,60 e R$ 4,70, se a economia brasileira não sofrer maiores contrações nesse período.
Segundo a análise, a taxa de juros nos Estados Unidos será um fator crucial para o comportamento do câmbio brasileiro nos próximos meses. Espera-se que, com o início da flexibilização das taxas americanas no primeiro semestre de 2024, ocorra uma valorização do real em relação aos níveis atuais.
Economia brasileira em 2024
No âmbito local, o banco projeta a permanência da meta de resultado primário em 0% do PIB para 2024, com um contingenciamento de R$ 23 bilhões. No que se refere às contas externas, o banco prevê um superávit comercial robusto de US$ 90 bilhões para 2024.
Iana Ferrão destaca que fatores como a maior produção de petróleo, perspectivas favoráveis para o minério de ferro e a desaceleração da atividade doméstica contribuirão para reduzir uma possível perda na balança comercial. Isso ocorrerá mesmo diante da redução nas importações causada pela contínua queda nos preços dos bens importados.
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Impacto do petróleo e do minério de ferro
Conforme as análises da economista, é possível vislumbrar um cenário otimista para a balança comercial, sustentado pelo incremento na produção de petróleo e pelas perspectivas favoráveis relacionadas ao mercado de minério de ferro. Esses elementos, segundo suas projeções, desempenharão um papel crucial na manutenção do superávit previsto para o período.
Assim, a especialista destaca que, mesmo diante de desafios impostos por condições climáticas adversas que impactaram a safra, as expectativas permanecem sólidas quanto à robustez do superávit comercial em 2024.
Dessa maneira, essa previsão, ancorada em uma análise abrangente e fundamentada, sugere que fatores econômicos específicos estão posicionados de maneira a contrabalançar os desafios setoriais.
Imagem: rafastockbr/shutterstock.com