Eletrobras pode demitir mais de 2 mil funcionários

A Eletrobras era uma empresa de energia estatal de capital aberto. Em 2022, o governo vendeu parte de suas ações, o que levou à privatização da instituição. Desde então, ela vem trabalhando para reduzir seus custos, adotando, como uma das iniciativas, a criação de planos de demissão voluntária. 

Além disso, a empresa vem passando por um processo de reorganização estrutural, o que envolve reduzir a participação em outros negócios e concentrar o centro de tomada de decisão na sede que fica na cidade do Rio de Janeiro. 

Em novembro do ano passado, foi lançado o primeiro plano de demissão voluntária da Eletrobras. Nesse caso, o alvo eram os trabalhadores que estavam próximos da idade de aposentadoria. Na época, quase 2.500 funcionários se inscreveram no programa. 

Eletrobras vai desligar mais de 2.000 pessoas

Com o primeiro plano de demissão voluntária, a Eletrobras desligou 2.494 pessoas e gastou R$ 1,2 bilhão durante esse processo, valor que impactou o resultado do último trimestre de 2022. Entretanto, a estimativa da diretoria é que esses cortes gerem uma economia de R$ 95 milhões mensais.

Em 2023, a empresa de energia pretende fazer um novo plano de demissão voluntária. Dessa vez, o objetivo é reduzir 20% do quadro de funcionários da instituição, que hoje é de cerca de 14.000 pessoas. Portanto, 2.800 pessoas devem deixar seus cargos. 

De acordo com o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, o plano já foi discutido com os sindicatos e deve ser lançado em abril deste ano. Ainda segundo ele, o custo do plano será menor que o anterior, uma vez que funcionários próximos à aposentadoria têm salários maiores. 

Resultados da empresa

Durante a teleconferência que reportou o novo plano de demissão voluntária da Eletrobras, Ferreira Júnior anunciou os resultados da empresa em 2022. No quarto trimestre, houve um prejuízo de R$ 479 milhões, entretanto, a empresa fechou o ano passado com um lucro de R$ 3,6 bilhões.

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