Em apenas 7 meses, Americanas demite mais de 9 mil funcionários
Confira aqui a razão do desligamento de mais de 9 mil funcionários da Americanas e o que disse a empresa diante desse cenário.
Aparentemente, as coisas não estão fáceis para a Americanas. Isso se deve ao contínuo período de crise enfrentado por uma das maiores varejistas do Brasil. Em 11 de janeiro deste ano, a empresa admitiu um déficit de R$ 20 bilhões em seus registros contábeis. Além disso, o então CEO da organização, Sergio Rial, que havia ocupado o cargo por menos de dez dias, formalizou sua renúncia.
Posteriormente, após declarar dívidas de R$ 42,5 bilhões, a empresa demitiu mais de 9 mil funcionários e fechou mais de 70 lojas nos últimos sete meses. Dessa forma, a companhia encontra-se em recuperação judicial desde 19 de janeiro, buscando reestruturar-se. Portanto, a seguir, compreenda melhor esses desligamentos na Americanas e saiba quais foram os anúncios feitos pela empresa.
Sete meses de recuperação judicial da Americanas
Desde janeiro, a Americanas demitiu 9.175 funcionários e fechou 72 lojas, o que corresponde a 4% do total de pontos de venda. Dessa forma, o jornal Folha de São Paulo compilou os dados desses sete meses, baseando-se em informações que a empresa submeteu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que a própria Americanas confirmou.
Assim, os registros abrangem o período até o dia 20 de agosto. Apenas durante a semana entre os dias 14 e 20 de agosto, a empresa computou 1.450 rescisões contratuais, ao mesmo tempo em que encerrava as atividades em três estabelecimentos comerciais.
Atualmente, a varejista mantém uma equipe de 33.948 colaboradores diretos e opera por meio de 1.806 pontos de venda. Em contraste, em 12 de janeiro, no dia seguinte à divulgação das “inconsistências contábeis” que totalizaram R$ 20 bilhões, o evento precursor da crise, a Americanas registrava a presença de 43.123 colaboradores.
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O que declarou a empresa?
Conforme o comunicado oficial da Americanas, ocorreu o desligamento de colaboradores devido à reestruturação de determinados setores de negócios delineados no plano de transformação da empresa. Além disso, foi mencionado que “os números de demissões e pedidos de saída em agosto são equivalentes ao mesmo período do ano anterior, até a data”.
No entanto, essa medida não encontrou aprovação por parte de Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio. Segundo ele, o Sindicato encontra-se “indignado com o volume de dispensas que está ocorrendo”.
Ele também acrescente que “é preciso lembrar que essa situação acontece exclusivamente por conta de crimes cometidos pelos gestores da empresa. Precisamos acabar com este ciclo em que os bilionários fazem gestões criminosas e quem paga é o funcionário, que perde seu emprego”.
Imagem: Jair Ferreira Belafacce / shutterstock.com
