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Empréstimo entre pessoas físicas é uma excelente alternativa durante a pandemia

Quem nunca pediu um dinheiro emprestado a um amigo ou familiar, não é mesmo? Durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus isso é bem comum. Entretanto, se você não pode conseguir crédito desta maneira, existe uma outra alternativa muito parecida que é chamada de empréstimo entre pessoas. Esta modalidade tem crescido ainda mais por conta da crise, pois, o empréstimo entre pessoas físicas é uma excelente alternativa durante a pandemia.

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Empréstimo entre pessoas físicas pode ser uma boa opção

Esta modalidade já é regularizada desde 2018 pelo Banco Central e pode ser muito atrativa tanto para quem tem dinheiro para emprestar, como também para quem precisa. Isso porque, apesar dos juros serem considerados baixos, ainda sim são atrativos à pessoa que concederá o dinheiro emprestado.

Atualmente, existem 5 empresas que estão autorizadas pelo Banco Central a realizar essa modalidade de empréstimo, chamadas de SEPs (sociedades de empréstimo entre pessoas). Além disso, existem outras que ainda estão com os pedidos de autorização sendo analisados. Algumas dessas empresas dão crédito exclusivamente para pequenas empresas, outras oferecem o serviço para pessoa física e tem um terceiro grupo, que oferece para ambos.

Como funciona o empréstimo entre pessoas físicas?

Essas empresas analisam o perfil do interessado em solicitar crédito ou conceder crédito. Desta forma, somente bons pagadores podem entrar. Então, depois de feita a análise, a pessoa ou empresa recebe uma classificação, com uma nota que vai de A a E. Quanto melhor classificado, menores serão os juros. Desta maneira que funciona o empréstimo para pessoas físicas.

Segundo Marcelo Villela, cofundador do Bullla (empresa do ramo), as negociações do tipo dobraram durante a pandemia:

”Quando criamos a empresa, a ideia era fazer algo comunitário. Durante essa pandemia, vimos dobrar o fechamento de negócios. E percebemos que parte dos investidores também busca um investimento om propósito.”

Apesar de acharem interessante esta alternativa, os especialistas falam que o risco é alto. Entretanto, quem precisa de dinheiro tem a possibilidade de conseguir o crédito, enquanto o investidor que empresta, consegue juros melhores que atual taxa básica (Selic) a 3% ao ano.

Cristiano Correa, professor de Finanças do Ibmec/SP, alerta para o alto risco por conta do aumento da inadimplência na crise:

”Ter mais gente no mercado de crédito é fundamental. Mas, neste momento de crise, é natural a inadimplência piorar, tanto para os bancos quanto para essas fintechs. Por tanto, o risco é alto. Para investir, é importante aplicar pouco dinheiro e diversificar.”

Já para Paula Sauer, planejadora financeira, em entrevista ao site Extra, é preciso pesquisar bem as empresas:

”Para ambos, tomadores e investidores, a recomendação é que se busque para esse tipo de operação fintechs que têm a licença de SEP. Essa licença autoriza conexão do investidor à pessoa física ou jurídica que toma recursos, com o intuito de legitimar a operação, trazendo mais segurança.”

Linhas especiais de crédito durante a crise

Algumas fintechs que fazem esse tipo de empréstimos, também acabaram criando linhas de crédito especiais durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Por exemplo, a Mova criou uma categoria de empréstimo pessoal com juros incríveis entre 1,22% e 1,99% ao mês e 24 meses para fazer o pagamento. Se o cliente que tirou o empréstimo mas não conseguiu pagar um parcela nos 3 primeiros meses, poderá fazer isso no final do contrato, sem multa ou juros adicionais. Além disso, a transação é feita on-line para todo o país.

Ajuda para autônomos e microempreendedores individuais

A Mutual também resolveu criar uma nova linha para ajudar os autônomos e microempreendedores individuais (MEI) que podem ter suas rendas reduzidas durante a pandemia. A empresa oferece crédito de até R$ 1.000 para esse grupo de trabalhadores que podem se cadastrar diretamente no aplicativo e solicitar o crédito. Para ajudar ainda mais, a primeira parcela pode ser paga em até 90 dias depois de ter sido concedido o crédito. Além disso, a taxa de juros é baixíssima, será de 1% ao mês.

A Nexoos criou uma alternativa ainda mais interessante para aquelas empresas que não conseguem crédito. Ela permite que essas empresas tenham uma estrutura gratuita e que permitirá a criação de um site próprio para anunciar e vender seus produtos e serviços na internet. O objetivo é dar liquidez a elas, o que inviabiliza o crédito algumas vezes.

A fintech apenas cobrará uma porcentagem do que for vendido. Então, as vendas de determinada empresa serão realizadas diretamente na plataforma Nexoos e terão a opção de serem pagas via boleto. O valor é depositado dentro de dois dias úteis. Para se cadastrar, basta se inscrever no site da empresa.

Condições de algumas dessas empresas que oferecem para emprestar ou pedir crédito

Bullla – Crédito para pessoas

Tomador:

  • Perfil necessário: Não estar com restrições no seu nome
  • Valores mínimo e máximo contratados: R$ 1 mil a R$ 5 mil (o máximo aumenta com o tempo e o comportamento)
  • Taxas de juros: 1,5% a 5,5% ao mês

Investidor:

  • Perfil necessário: Não estar com restrições no seu nome
  • Valores mínimo e máximo investidos: R$ 1 mil a R$ 30 mil (o máximo aumenta com o tempo e a avaliação)
  • Taxas de juros: 1,5% a 5,5% ao mês

MOVA – Crédito para pessoas e empresas

Tomador:

  • Perfil necessário: Pessoas e empresas sediadas no Brasil (sem limite de faturamento)
  • Valores mínimo e máximo contratados: R$ 1 mil* a R$ 5 milhões
  • Taxas de juros: 0,80% a 3,11% ao mês

Investidor:

  • Perfil necessário: Pessoas físicas e jurídicas
  • Valor mínimo investido: R$ 10 por operação **
  • Taxas de juros: Repasse de 100% dos juros pagos pelos devedores, portanto, de 0,80% a 3,11% ao mês

OBS:

* Excepcionalmente no momento da crise do coronavírus, tem aceitado operações com valor mínimo de R$ 50. A empresa criou uma linha de crédito emergencial COVID.

** Para investir mais de R$ 15 mil por operação, ou seja, para emprestar para uma pessoa física ou uma empresa mais de R$ 15 mil, é necessário que seja um investidor qualificado nos termos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Mutual – Crédito para pessoas

Tomador:

  • Perfil necessário: Sem restrição de SPC / Serasa. Capacidade de pagamento (é preciso comprovar renda)
  • Valores mínimo e máximo contratados: R$ 1 mil a R$ 50 mil
  • Taxas de juros: 2,7% a 7,3% ao mês

Investidor:

  • Perfil necessário: Perfil de risco moderado a agressivo
  • Valores mínimo e máximo investidos: Primeiro aporte de, no mínimo, R$ 3 mil, podendo investir em cotas de R$ 200 em cada pedido de empréstimo
  • Taxa de juros: Até 33% de retorno máximo.
  • Investimento de risco, sujeito à inadimplência

Nexoos – Crédito empresas

Tomador:

  • Perfil necessário: Pequenas e médias empresas, que faturam a partir de R$ 200 mil por ano
  • Valores mínimo e máximo contratados: R$ 15 mil a R$ 500 mil, com prazo de 1 a 24 meses para pagar
  • Taxas de juros: 1,14% a 4,19% ao mês

Investidor:

  • Perfil necessário: Qualquer pessoa que tenha interesse em investir na economia local
  • Valor mínimo: R$ 6 mil, podendo ser distribuído em cotas de R$ 1 mil por empresa (o que permite a pulverização do investimento)
  • Taxa de juros: retornos de 14% a 63% ao ano

Up.p – Crédito para pessoas e empresas

Tomador:

  • Perfil necessário: Pessoas físicas ou jurídicas que tenham conta bancária
  • Valor mínimo contratado: a partir de R$ 1 mil
  • Taxas de juros: a partir de 0,90% ao mês

Investidor:

  • Perfil necessário: Pessoas físicas ou Jurídicas que tenham conta bancária
  • Valor mínimo investido: a partir de R$ 100
  • Taxas de juros: retornos de 12% ao ano (rating A) a 85% ao ano (rating E)

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Imagem: Freedomz via Shutterstock