Endividamento e inadimplência sobem em agosto
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Em agosto, o endividamento das famílias com carnês e cartões de lojas de varejo cresceu, assim como a inadimplência das famílias. Dessa forma, o endividamento atingiu 19,4%, percentual que corresponde a uma alta de 1,2% em relação com agosto do ano passado.
Já a inadimplência atingiu 29,6% do total de famílias no Brasil, chegando ao maior patamar desde o começo da série histórica em 2010.
Endividados
Os resultados foram divulgados na última segunda-feira (5) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela entidade, o número de endividados com estes meios de compras tem crescido desde maio deste ano.
Além disso, segundo o levantamento, o aumento do indicador pode ser devido à busca por crédito direto no varejo pelas famílias de menor renda. Sendo que, nos últimos quatro meses, o endividamento nos carnês para esta parcela da população aumentou 1,8% e chegando a 19,8%.
De acordo com a CNC, a alta da contratação de dívidas foi maior entre as famílias com rendimentos até 10 salários mínimos (1,1%).
Outros dados
Em 2022, o aumento no endividamento direto em lojas do varejo é de 0,7% entre as famílias com até 10 salários de rendimento mensal. Já nas famílias consideradas mais ricas, houve crescimento de 3%.
Ademais, a Peic também indicou que neste período o público masculino está mais endividado nos carnês (19,5%) do que o feminino (18,8%).
No último quadrimestre, a maior proporção do endividamento em carnês do varejo aconteceu junto com a redução de endividados no cartão de crédito (de 3,2%). Pois, as duas modalidades têm um forte vínculo com o consumo no comércio varejista.
De acordo com José Roberto Tadros, presidente da CNC, o movimento é gerado pela busca de compras com crédito mais barato “As famílias estão buscando alternativas de crédito mais baratas por conta da elevação dos juros, e o cartão de crédito foi o tipo de dívida com a segunda maior alta dos juros médios em um ano até junho, 17 pontos percentuais, segundo dados do Banco Central”, destacou.
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Imagem: David Pereiras / Shutterstock.com
