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Entenda o impacto do Bolsa Família na redução da pobreza infantil no Brasil

Descubra como os programas como Bolsa Família aliviam a pobreza infantil no Brasil, evidenciando a desigualdade regional.

De acordo com recente pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Brasil presenciaria um aumento significativo no número de crianças em situação de pobreza e extrema pobreza sem os auxílios de programas como o Bolsa Família.

Em uma análise detalhada, o Cadastro Único do governo federal aponta que cerca de 10 milhões de crianças brasileiras, entre 0 e 6 anos, estão registradas no sistema. Destas, 670.000, equivalente a 6,7%, vivem em condições de pobreza ou extrema pobreza.

A importância do Bolsa Família

Mão feminina segurando cartão do Bolsa Família
Imagem: Divulgação / Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

A saber, esses dados são reflexo da renda mensal familiar per capita, que está situada no limite de até R$ 218.

Sem a implementação de políticas de subsídios e transferências diretas, como o programa Bolsa Família, estima-se que a cifra poderia ser alarmantemente superior, atingindo até 8,1 milhões de crianças a mais.

Como a 1ª Infância é afetada pela ausência de renda?

O estudo também destaca que uma grande parte dos responsáveis por essas crianças não possui fonte de renda fixa.

Especificamente, 43% das famílias com crianças de 0 a 6 anos estão nesta situação, com o Bolsa Família sendo a principal fonte de subsistência para 83% delas.

Perfil das famílias

  • A maioria das famílias têm como chefes as mães solo;
  • Essas mães geralmente são pardas e estão na faixa etária de 25 a 34 anos.

Além do Bolsa Família: qual o cenário das desigualdades regionais no Brasil?

O levantamento aponta que o Nordeste lidera o número de crianças nessas condições. São 3,7 milhões de um total de 5,1 milhões de crianças registradas no CadÚnico. Ademais, a situação é similar na região Norte, com 1,4 milhão de crianças em situação de vulnerabilidade de um total de 1,9 milhão.

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O Sudeste, no entanto, apresenta um contraste. De um total de 6,8 milhões de crianças, 3,1 milhões estão cadastradas, mostrando uma disparidade menos acentuada em comparação com o Nordeste e Norte.

Desafios dos municípios na implementação de políticas públicas

Os municípios brasileiros enfrentam desafios próprios de acordo com suas características demográficas e sociais. Classificações baseadas nos dados do estudo destacam problemas específicos tais como moradias inadequadas, trabalho infantil e falta de infraestrutura básica como saneamento e energia elétrica.

  1. Mais de 70% dos municípios da região Norte sofrem com falta de saneamento básico adequado;
  2. Na região Nordeste, 9% dos municípios ainda não possuem acesso a energia elétrica.

Em resumo, o estudo revela a importância crucial do Cadastro Único como ferramenta para a identificação de vulnerabilidades, particularmente na 1ª infância. Além disso, destaca-se a necessidade de uma política integrada e de ações imediatas para mitigar as desigualdades e promover a equidade entre as famílias mais vulnerabilizadas do Brasil.

Imagem: Divulgação / Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome