Pesquisa aponta que mulheres ocupam cerca de 30% dos cargos de liderança em bancos e fintechs
Uma pesquisa revela que as mulheres ocupam aproximadamente 30% dos cargos de liderança em bancos e fintechs. Saiba os detalhes!
Apesar do crescimento da presença feminina no mercado de trabalho em geral, o mercado financeiro ainda representa um grande desafio em termos de igualdade de gênero. Mulheres ocupam apenas 33,86% dos cargos de liderança nas principais instituições financeiras, um contraste gritante considerando que representam 50% da população brasileira, de acordo com dados do IBGE.
Uma análise realizada com 82 empresas e 249 profissionais revelou que, enquanto alguns setores como Recursos Humanos e Relações Institucionais possuem considerável participação feminina, áreas estratégicas como Investment Banking mostram uma disparidade significativa, com apenas 17,39% de mulheres em posições de alta gestão.
Jaime Almeida, vice-presidente de diversidade e inclusão na FESA Group, argumenta que a história de predominância masculina nos altos escalões do setor financeiro barra a progressão feminina, dado o alto nível de experiência e competência frequentemente exigidos para essas posições.
Impacto da maternidade
Outra barreira substancial para a inserção feminina no mercado de trabalho é a maternidade. Uma pesquisa da Opinion Box constatou que 26% das mulheres perderam oportunidades de emprego devido à maternidade, e mais de 40% das candidatas em entrevistas são questionadas sobre planos de gravidez futura.
Os custos crescentes com a assistência à infância impedem muitas mulheres de buscar emprego, perpetuando o ciclo de desigualdade e dependência.
A inclusão de mulheres em cargos de liderança não é somente uma questão de equidade, mas também uma estratégia empresarial inteligente. Além de representarem uma vasta parcela do mercado consumidor, trazem perspectivas diferentes e essenciais para a tomada de decisões estratégicas nas empresas.
Como promover um ambiente de trabalho inclusivo?
Empresas estão, pouco a pouco, reconhecendo a necessidade de políticas afirmativas que promovam a equidade de gênero. Dessa maneira, iniciativas como maior representatividade no processo de recrutamento e nas listas de candidatos, além de esforços para aumentar a visibilidade feminina em diretorias e conselhos, têm ganhado espaço.
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Além disso, a criação de uma cultura corporativa que apoie a parentalidade, com a implementação de creches corporativas e políticas flexíveis de trabalho. Assim, pode aliviar o peso da dupla jornada enfrentada por muitas mulheres e promover um equilíbrio mais justo no ambiente de trabalho.
Imagem: Rido/shutterstock.com