Equipe de Lula deseja suspender o consignado do Auxílio Brasil
O consignado do Auxílio Brasil foi disponibilizado aos beneficiários pelo governo Bolsonaro em 2022. Agora, a modalidade pode ser suspensa!
O empréstimo consignado vinculado ao Auxílio Brasil passou a ser liberado em outubro do ano passado e, antes mesmo disso, já era visto com maus olhos por analistas. Mesmo assim, 1 a cada 6 beneficiários do programa fez a contratação do serviço, de acordo com dados do Ministério da Cidadania.
Ainda que a modalidade de crédito tenha alcançado uma adesão significativa, o governo Lula faz críticas ao modelo. Por isso, as autoridades políticas desejam suspender o serviço a fim de evitar um superendividamento da parcela mais vulnerável da população.
Vale ressaltar que, mesmo que a família seja retirada da folha de pagamentos do programa, as parcelas do empréstimo precisarão ser pagas até a quitação da dívida estabelecida pelo contrato.
Suspensão do consignado do Auxílio Brasil
A equipe de Lula declarou preocupação com os brasileiros que contrataram a modalidade do empréstimo e podem ser excluídos do programa por não atenderem aos critérios de elegibilidade.
Anteriormente, o grupo de transição já havia discutido sobre a necessidade de redesenhar o Auxílio Brasil para atender os indivíduos que realmente precisam do dinheiro mensalmente. A prioridade é realizar o pagamento por pessoa. Isso porque, no governo anterior, o auxílio foi pago por família, o que pode ter incentivado o desmembramento familiar para conseguir mais de um benefício.
Nesse sentido, muitos brasileiros devem ser retirados da folha de pagamentos do programa e caso tenham contratado o consignado do Auxílio Brasil, ficarão endividados. Logo, o governo Lula deseja evitar essa situação.
Sendo assim, a equipe de transição quer suspender o serviço até que o Supremo Tribunal Federal (STF) faça uma análise da modalidade e emita um parecer sobre o assunto.
Comprometimento da renda do Auxílio Brasil
Por fim, vale destacar que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil compromete até 40% do valor do benefício para a quitação da linha de crédito. Ou seja, as famílias que optavam pelo serviço já recebiam um valor menor na conta a cada mês.
Caso essas pessoas passem a receber um valor ainda menor do programa ou tenham os pagamentos interrompidos, a renda própria terá de ser comprometida para que seja possível pagar as parcelas do empréstimo.
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