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FGTS pode ser considerado reserva de emergência?

Para investir é recomendado ter uma reserva de emergência.

Quem está ou esteve em um emprego registrado e tem interesse em investir, pode se questionar se o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) conta como uma reserva de emergência. A resposta para essa pergunta, de acordo com especialistas, é não. Entenda o motivo.

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Regras do saque do FGTS

Mesmo que o FGTS seja um fundo com depósitos que equivalem a 8% do salário do trabalhador feito para criar uma reserva de dinheiro, o valor só pode ser acessado em casos específicos, como, por exemplo: demissão sem justa causa, financiamento de casa própria, aposentadoria, doenças graves etc.

De acordo com Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico Investimentos, o FGTS não possui liquidez para ser considerado uma reserva de emergência. Isso quer dizer que o trabalhador não pode ter acesso ao dinheiro na hora que desejar.

Essa reserva serve para qualquer tipo de situação, não apenas em caso de desligamento de empresas. Dessa forma, há urgências que não permitem o saque do Fundo, como um conserto no carro ou reforma de imóvel. Por isso, ele não pode ser considerado uma reserva de emergência em sua totalidade.

Reservas de Emergência

A recomendação de se ter uma reserva parte do pressuposto que ela é feita para que o investidor possa fazer dinheiro rapidamente e, se caso algo der errado, há um valor para momentos emergenciais.

De acordo com alguns analistas, é necessário ter ao menos o valor equivalente a 90 ou 180 dias de gastos fixos. Entre esses gastos fixos podemos citar, por exemplo: aluguel, mensalidade de escolas, contas de água e luz etc.

Em contrapartida, Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, diz que o FGTS pode afrouxar as exigências da reserva de emergência e até mesmo complementá-la. Segundo a economista, se o cidadão não tiver dívidas a longo prazo, precisa ter guardado apenas três meses de valores fixos mais o FGTS.

Rendimento do FGTS

O rendimento do FGTS é de 3% mais a Taxa Referencial (TR), que hoje em dia está com o valor zerado. Mesmo que esteja acima do valor da taxa básica de juros (Selic) nesse instante e, dessa maneira, renda mais que produtos que seguem essa taxa (como os CDBs e o Tesouro Selic), essa diferença de valor não deve durar por muito tempo.

Segundo analistas, a expectativa é de que a taxa básica passe dos 5% este ano. Portanto, a rentabilidade do FGTS não será uma vantagem a médio prazo.

Dessa forma, o recomendado para para reserva de emergência é o Tesouro Selic ou os fundos de renda fixa sem taxas. Uma outra opção seria os CDBs que costumam render 100% do CDI com liquidez diária.

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Imagem: Miguel Lagoa/shutterstock.com