Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Fila de espera do Bolsa Família chega a 3,5 milhões de pessoas no 1º ano do governo Bolsonaro

De acordo com o Estadão, a fila de espera do Bolsa Família já chega a 3,5 milhões de pessoas. Isso representa cerca de 1,5 milhão de famílias de baixa renda. Conforme a reportagem, o gargalo tem provocado um princípio de colapso na rede de assistência social de municípios, sobretudo os pequenos e médios. Ou seja, sem o dinheiro do programa social, a população voltou a bater à porta das prefeituras em busca de comida e outros auxílios, demandas que acabam sobrecarregando as finanças das prefeituras pelo Brasil.

É provável que você também goste:

Banco do Brasil privatizado? Fechamento de centenas de agências e declaração do presidente assusta clientes

Confira 2 cartões de crédito do Bradesco sem anuidade estilo Nubank

INSS terá 90 dias para adotar medidas que garantam prazo para a análise de pedidos de benefícios.

Fila de espera do Bolsa Família chega a 3,5 milhões de pessoas

Primeiramente, o Estado chegou ao número ao analisar o banco de dados do próprio governo. No final de janeiro, o Ministério da Cidadania informou através da Lei de Acesso à Informação (LAI) que a lista de pedidos para entrar no programa de transferência de renda seria três vezes menor, de 494 mil famílias.

A matéria que você pode conferir aqui neste link, também mostra alguns exemplos de problemas em decorrência da fila de espera do Bolsa Família que impactam diretamente em programas sociais das prefeituras. Em Surubim, no interior de Pernambuco, e em Picuí, a 240 quilômetros de João Pessoa, na Paraíba, as prefeituras fazem o que podem para auxiliar as famílias de baixa renda.

Enfim, dados do Ministério da Cidadania apontam uma queda brusca no volume de concessões do benefício a partir de maio de 2019. Naquele mês, 264.159 famílias foram incluídas na lista de beneficiários. No mês seguinte, as entradas caíram para 2.542 e, até outubro, quando os dados mais recentes foram publicados no Cecad, o volume permanecia neste patamar.

Ministério da Cidadania reconhece a redução

O Ministério da Cidadania reconheceu a redução no número de inclusões de famílias nos últimos meses e garantiu que isso será normalizado “com a conclusão dos estudos de reformulação do Bolsa Família”. Entretanto, técnicos consultados pela reportagem apontam que a redução drástica pode ter sido uma manobra para garantir o caixa necessário ao pagamento do 13º do benefício, promessa da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. Na nota, a pasta pontuou, ainda, que as concessões também dependem de “estratégias de gestão da folha”.

Neste momento, o Ministério da Cidadania está em processo de transição. Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Casa Civil, foi designado para substituir o ex-ministro Osmar Terra. A troca ocorreu após o Estado revelar a contratação, na gestão de Osmar, de uma empresa suspeita de ter sido usada como laranja para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos. Antes de demitir Osmar Terra do ministério, que deixou o cargo essa semana, Bolsonaro ligou para o então ministro para reclamar da fila. Uma dor de cabeça que aumenta num ano eleitoral.

Sobre o Programa Bolsa Família

De acordo com as regras, o Bolsa Família deve atender todas as famílias em extrema pobreza. Ou seja, aquelas com renda familiar de até R$ 89 per capita. Também têm direito ao benefício as famílias em situação de pobreza, ou seja, com renda per capita de até R$ 178 por mês, desde que tenham pessoas com entre 0 e 17 anos na composição. Para pleitear o programa, precisam estar com a inscrição no Cadastro Único feita ou atualizada nos últimos 24 meses.

Enfim, gostou da matéria?

Então, siga o nosso canal do YouTube, e nossas redes sociais como o FacebookTwitter Instagram. Assim acompanhará tudo sobre bancos digitais, cartões de crédito digitais, empréstimos e matérias relacionadas ao assunto de fintechs.

Imagem: Tatiane Silva via shutterstock