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Injeções de insulina podem estar com os dias contados! Veja a novidade

Para milhões de pessoas que convivem diariamente com injeções de insulina, a notícia de um tratamento capaz de eliminar essa rotina é animadora. Pesquisadores anunciaram avanços importantes no uso de células pancreáticas produzidas em impressoras 3D, trazendo uma nova perspectiva para quem luta contra o diabetes tipo 1.

Os dados foram apresentados no Congresso Internacional de Transplantes, realizado em Londres, e repercutiram em todo o mundo. Liderada por Quentin Perrier, da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, a equipe acredita que essa abordagem pode, um dia, revolucionar o tratamento convencional da doença.

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Imagem: Freepik

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A utilização de tecnologia 3D para criar tecidos vivos não é nova, mas a aplicação para produção de células pancreáticas funcionais representa um passo além. Segundo os pesquisadores, as células impressas permaneceram vivas por até três semanas em tubos de ensaio, reagindo à presença de glicose com a liberação de insulina.

Essa resposta é fundamental para o controle dos níveis de açúcar no sangue, papel que os pacientes com diabetes tipo 1 perdem devido à destruição das células beta do pâncreas. Se esse mecanismo for replicado dentro do corpo humano, seria possível restabelecer a produção natural de insulina.

Como funciona o transplante de células impressas

A ideia dos cientistas é que as células sejam implantadas sob a pele do paciente, em um procedimento relativamente simples. Utilizando anestesia local e uma pequena incisão, o transplante seria menos invasivo do que métodos mais agressivos.

O objetivo é que essas células atuem como um mini-pâncreas, liberando insulina sempre que houver picos de glicose no sangue. Isso eliminaria a necessidade de várias aplicações diárias, aumentando a qualidade de vida de quem depende da insulina para sobreviver.

O que a ciência já sabe sobre transplantes para diabetes

O transplante de células como terapia para diabetes não é exatamente uma ideia inédita. Desde a década de 1990, especialistas pesquisam formas de substituir células beta destruídas pelo sistema imunológico.

Um estudo publicado na Frontiers of Endocrinology revelou que o transplante de células-tronco melhorou consideravelmente a qualidade de vida de pacientes com diabetes tipo 1. Dos pacientes acompanhados, 84% conseguiram ficar sem receber insulina exógena por um período prolongado.

Entenda a diabetes tipo 1

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune crônica, em que o corpo ataca equivocadamente as células beta do pâncreas. Sem essas células, a produção de insulina é insuficiente ou inexistente, tornando o controle glicêmico totalmente dependente de aplicações externas.

A insulina é o hormônio responsável por transportar a glicose para dentro das células, garantindo a energia necessária para o funcionamento do organismo. Sem esse transporte, o açúcar se acumula no sangue, gerando uma série de complicações, como doenças cardíacas, neuropatias e até amputações.

O que muda com a impressão 3D de células pancreáticas

A grande inovação está na possibilidade de produzir células funcionais, em laboratório, adaptadas para o organismo do paciente. A impressora 3D utiliza uma “bio-tinta” formada por células e biomateriais para criar estruturas que imitam o tecido pancreático.

Além disso, os cientistas trabalham para aperfeiçoar a sobrevivência dessas células no corpo. Um dos desafios é evitar a rejeição pelo sistema imunológico, que reconhece células transplantadas como corpos estranhos.

Pesquisas com animais mostram resultados promissores

Os testes em animais já estão em andamento. Segundo Perrier, as células impressas estão sendo implantadas em camundongos diabéticos para verificar se conseguem regular os níveis de glicose de forma sustentável.

Outro ponto importante é o armazenamento dessas células. Os pesquisadores buscam técnicas para mantê-las viáveis por longos períodos, garantindo que possam ser produzidas, transportadas e usadas conforme a demanda de cada paciente.

Desafios no caminho até o uso em humanos

Apesar do entusiasmo, especialistas alertam que ainda há um longo caminho até que o transplante de células impressas em 3D esteja disponível para a população. São necessárias várias fases de ensaios clínicos, com aprovação de agências reguladoras.

Além disso, existe o desafio ético e financeiro. A tecnologia de impressão biológica ainda é cara e complexa. Para se tornar viável em larga escala, o processo precisa ser simplificado, seguro e acessível.

O impacto na rotina dos pacientes

Se aprovado, o novo tratamento pode acabar com a rotina de múltiplas aplicações diárias de insulina, que para muitos é dolorosa e limitante. Pacientes com diabetes tipo 1 precisam controlar constantemente a alimentação, os picos de glicemia e os níveis de insulina.

Com um transplante funcional, a expectativa é que o corpo retome o controle automático, liberando insulina conforme necessário. Essa autonomia representa um grande ganho em qualidade de vida, reduzindo complicações e internações.

Avanços na medicina regenerativa

A medicina regenerativa tem avançado a passos largos nos últimos anos. O uso de impressoras 3D para criar órgãos, tecidos e células específicas abre portas para tratar doenças antes consideradas incuráveis.

Outros estudos já demonstraram o uso de impressão 3D para criar cartilagens, pele artificial e até corações em miniatura. No caso do diabetes, a viabilidade depende de manter as células vivas, funcionais e protegidas contra ataques do sistema imunológico.

O papel de centros de pesquisa de ponta

Instituições como a Universidade Wake Forest, onde trabalha Quentin Perrier, são referência em medicina regenerativa. O time interdisciplinar reúne engenheiros, médicos, biólogos e técnicos especializados para unir biotecnologia e saúde humana.

Parcerias internacionais também fortalecem essas pesquisas. Hospitais e centros de transplante na Europa acompanham de perto os resultados para viabilizar, no futuro, testes em humanos.

A importância de novos investimentos

Para que esse avanço saia do laboratório e chegue aos hospitais, o setor precisa de investimento público e privado. O custo de desenvolver células compatíveis, impressoras 3D específicas e garantir a segurança do transplante ainda é alto.

Organizações filantrópicas, universidades e governos têm papel essencial para garantir que o tratamento não fique restrito a poucos pacientes de alto poder aquisitivo.

O futuro das terapias para diabetes

Embora a expectativa seja alta, especialistas enfatizam que é necessário cautela. Nenhuma descoberta substitui o acompanhamento médico, o uso de medicamentos prescritos e os cuidados diários com a alimentação e o estilo de vida.

Mas é inegável que a possibilidade de acabar com as injeções de insulina representa uma revolução para milhões de pessoas no mundo todo. Para famílias que enfrentam o diagnóstico precoce em crianças, essa nova abordagem pode significar menos sofrimento e mais esperança.

Diabetes
Imagem: rawpixel.com / Freepik

O avanço do transplante de células pancreáticas impressas em 3D mostra que a ciência segue firme na busca por soluções que transformem a vida de quem convive com o diabetes tipo 1. Embora ainda seja cedo para abandonar as injeções, a esperança é de que, em um futuro não tão distante, o controle da glicose volte a ser feito pelo próprio corpo.

Enquanto isso, é essencial continuar acompanhando as pesquisas, manter os tratamentos convencionais e espalhar informação de qualidade. Fique atento a cada novidade e converse sempre com seu médico para entender o que há de mais atual para tratar o diabetes.