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Golpe do chip de celular tem deixado os brasileiros preocupados: veja como se proteger!

Bandidos encontram forma sofisticada de aplicar golpe pelo celular. Entenda como funciona a armadilha e como minimizar os riscos.

Há um novo golpe na praça e os usuários de smartphones estão mais vulneráveis do que nunca.

A potencial vítima da nova armadilha não precisa clicar em nenhum link desconhecido, ou baixar qualquer aplicativo. Muito menos atender uma ligação considerada suspeita.

Segundo reportagem Domingo Espetacular, da Record TV, tudo começa com a vítima perdendo o sinal de celular. A partir daí os criminosos são capazes de acessar praticamente todas as informações presentes no dispositivo.

E-mail, redes sociais, aplicativos de bancos ou apps de serviços do governo podem ser alvos. Esse sequestro consiste no golpe batizado de “SIM SWAP” — ou chip trocado, em tradução livre.

Como funciona o golpe do chip de celular?

O programa jornalístico explica que, com o número da vítima, o criminoso vai até a loja da operadora e com documentos falsos realiza a transferência do número para outro chip. Esse cartão SIM é usado em outro smartphone.

É nesse ponto que o alvo dos criminosos perde o sinal. Pelo recurso de recuperação de senhas dos apps, os bandidos conseguem acessar as contas do proprietário do aparelho. Mas como é possível se defender do “SIM SWAP”?

Um especialista ouvido pela reportagem da TV Record oferece uma resposta que pode soar desanimadora. “A defesa das vítimas está 100% nas mãos das telefonias de celular”, ele crava.

O golpe é inevitável?

“Se a operadora, como está acontecendo, não faz uma verificação correta — ou infelizmente, em alguns casos, há a participação de funcionários que são facilitadores — não há o que fazer”, ele acrescenta.

Em nota encaminhada à TV Record, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por fiscalizar o serviço de telefonia brasileiro, salientou que a prevenção e combate a essa fraude é obrigação dos serviços de telefonia.

Da mesma forma, se o consumidor sofrer prejuízos, a prestadora será obrigada a ressarci-lo ou indenizá-lo. A Anatel acrescentou que o golpe do chip trocado pode acontecer durante a portabilidade — quando o cliente troca de operadora mantendo seu número.

Caminhos para minimizar os riscos

Para evitar os infortúnios do golpe, a Anatel anuncia que está implementando “um segundo fator de autenticação”. O procedimento “consistirá no envio de um SMS solicitando a confirmação da solicitação de portabilidade”.

Enquanto isso não acontece, a Polícia Civil de São Paulo aponta caminhos para minimizar os riscos. Um representante da instituição, ouvido pela reportagem, cita duas táticas. A primeira consiste em modificar a forma de alterar as senhas.

Em vez de orientar o processo pelo número de celular, usar um outro endereço de e-mail como parâmetro. O endereço eletrônico seria usado exclusivamente para recuperar senhas.

A segunda dica consiste em requisitar o bloqueio do cartão SIM pelas configurações do smartphone.

Número do PIN e o que fazer caso caia no golpe

Para efetivar o processo, você terá de informar o PIN, senha de quatro dígitos criada pela própria operadora. Caso perceba que foi vítima do golpe, a pessoa deve solicitar o bloqueio do chip imediatamente e registrar um boletim de ocorrência.

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Imagem: Tero Vesalainen / shutterstock