Governo Lula pode fazer valor da conta de luz subir 7%; entenda
Entenda como a MP proposta pelo governo Lula pode resultar em um aumento de até 7% na conta de luz do consumidor!
Uma Medida Provisória (MP) proposta pelo governo Lula prevê um subsídio para o setor elétrico. Logo, a proposta visa promover energia verde e reduzir a tarifa energética. Porém, mas especialistas alertam que isso pode resultar em um aumento de até 7% na conta de luz.
Dessa forma, saiba mais informações sobre os detalhes dessa MP e como ela pode afetar o bolso dos consumidores brasileiros. Continue a leitura!
A MP é uma solução eficaz para a reduzir custos da conta de luz?
A medida, descrita por especialistas como complexa e de difícil compreensão, visa inicialmente proporcionar um desconto tarifário entre 3,5% e 5%, conforme informado pelo governo.
Entretanto, a prorrogação de subsídios para setores que, segundo análises, não necessitariam desse benefício, tende a elevar a conta de luz em, no mínimo, 7% a partir de 2029.
Quais são os possíveis impactos futuros na conta de luz?
Os especialistas ainda apontam que a medida pode não beneficiar o consumidor no longo prazo. Um dos pontos de maior descontentamento é a extensão dos subsídios ao setor de energia renovável, previstos para ter seu término por legislação anterior, dada a lucratividade das empresas envolvidas.
Estudos indicam que a manutenção desses subsídios poderia elevar o custo da conta de luz em R$ 4,5 bilhões ao ano, a partir de 2029. Logo, considera-se uma extensão para 63,8 GW de projetos renováveis.
Adicionalmente, projeções sugerem que, com a inclusão de até 90 GW em projetos aptos a reivindicar a extensão, o custo adicional poderia alcançar entre R$ 17 bilhões e R$ 19 bilhões. Isso impacta substancialmente na tarifa anual, portanto.
O papel da Eletrobras na redução da tarifa de energia
Como parte da estratégia para mitigar os custos da conta de luz, antecipou-se a utilização de recursos da Eletrobras, previstos na mesma MP. A lei de privatização da empresa já determinava repasses significativos para fundos regionais e para a redução da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que concentra subsídios e custos adicionais repassados aos consumidores.
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Essa antecipação, no entanto, é vista por especialistas como uma operação de crédito que, embora proporcione um alívio imediato, transfere o ônus financeiro para o futuro, sem promover uma mudança estrutural no setor.
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