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Governo pode fazer o gás de cozinha ficar mais caro em 2024; entenda agora

Gás de cozinha deve ficar R$ 2,18 mais caro em 2024.

Ao g1, a Secretaria da Receita Federal confirmou que não há previsão de desoneração para os combustíveis em 2024. Isso significa possíveis aumentos nos impostos para o diesel, biodiesel e gás de cozinha logo no início do próximo ano. Se repassado integralmente, o consumidor final sentirá o efeito dessa decisão diretamente no bolso. 

A medida é parte dos esforços do governo para zerar o déficit nas contas públicas. No entanto, ela pode contribuir para um aumento na inflação. De acordo com a Petrobras, o preço médio de um botijão de gás de cozinha é de R$ 101,32. Com a reintrodução dos impostos federais, esse valor pode sofrer um aumento de R$ 2,18.

Redução do diesel, gás de cozinha e biodiesel

A redução dos impostos federais foi uma medida iniciada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Na época, as taxações sobre o diesel, gás de cozinha e biodiesel foram consideravelmente reduzidas até o fim do mesmo ano, em meio à guerra na Ucrânia e à corrida eleitoral no país. 

Mas mesmo depois do começo do novo governo, a redução dos impostos foi mantida, em uma tentativa de minimizar os impactos econômicos dessa época turbulenta. Entretanto, os impostos federais sobre a gasolina e o etanol começaram a aumentar em fevereiro, voltando ao seu pleno valor em junho de 2023.

boca de fogão a gás acesa
Imagem: Antony Keetthawee / shutterstock.com

Equipe econômica está determinada em zerar déficit público

Agora, a equipe econômica mostra-se determinada em zerar o déficit público até 2024. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para se alcançar esta meta, o governo precisaria arrecadar R$ 168 bilhões a mais no próximo ano. Isso implica que o fim dos benefícios fiscais dos combustíveis (incluindo o gás de cozinha) pode ser uma alternativa no cálculo, visando aumentar a arrecadação em 2024.

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A Receita Federal ressaltou que a redução das alíquotas do PIS e Cofins gerou uma perda de arrecadação de R$ 28,7 bilhões nos 10 primeiros meses deste ano. Portanto, a possibilidade de essa redução de impostos continuar no futuro se mostra escassa. Isso porque, sem o aumento dos impostos, há o risco de que o governo não alcance a meta fiscal.

Imagem: Marian Weyo / shutterstock.com