Governo busca promover descontos para beneficiários do INSS; entenda
Governo Federal pode criar cartão que dará benefícios exclusivos para os segurados pelo INSS; entenda quais serão estes benefícios
Carlos Lupi (PDT), ministro da Previdência Social do governo Lula, afirmou, nesta segunda-feira (06), que tem a intenção de lançar um cartão de descontos voltado para os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em março. Segundo as informações divulgadas até o momento, o benefício se estenderá somente aos beneficiários que sejam correntistas do Banco Brasil e da Caixa Econômica, ambas entidades estatais.
Segundo Lupi, a motivação para o benefício se estender somente a bancos estatais tem como parâmetro a base de correntistas das duas instituições, que contam com 14 milhões de benefícios do INSS.
Projeto deve ser expandido para todos os beneficiários do INSS
Luppi, que fez o anúncio após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou ainda que a ideia central do projeto é expandir a oferta do cartão especial para todos os segurados do INSS, que atualmente estão na casa dos 37 milhões.
A ideia é que um dos usos do benefício seja, por exemplo, direcionado à ampliação do acesso ao transporte público, gerando uma economia no orçamento doméstico dos beneficiados. Outros usos seriam definidos pelos próprios bancos, que ofereceriam descontos. As entidades bancárias ainda poderiam estabelecer parcerias com empresas privadas, que ofertariam benefícios para os contemplados pela Previdência Social.
“Em vez de o beneficiário da Previdência precisar tirar uma autorização local para usar os serviços de transporte daquele município, com o cartão ele terá validade nacional. Também estamos buscando novos benefícios aos aposentados. Correntistas do BB terão descontos, por exemplo, em farmácias conveniadas, benefícios em passagens aéreas, em hotéis e em outros serviços”, disse o ministro à imprensa.
Mudanças governamentais
Desde que assumiu o governo no início deste ano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os seus ministros realizaram uma série de mudanças relacionadas aos benefícios sociais. Além de ter retomado o ‘Minha Casa, Minha Vida’, o governo prometeu uma série de mudanças que visam a contemplar as pessoas com menor poder aquisitivo.
Segundo o governo, esta, inclusive, teria sido uma das motivações para aumentar o teto de gastos logo que assumiu a Presidência da República. A ação, na época, gerou críticas do setor privado, que destacou que o chefe do executivo não estaria zelando pela política fiscal do país.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
