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Governo pretende congelar salários e partir para privatizações no segundo semestre

Com a grande crise econômica pela qual o Brasil deverá passar por conta da pandemia do novo coronavírus, algumas medidas deverão ser tomadas no segundo semestre de 2020. No último sábado (09), o ministro da Economia, Paulo Guedes, já deixou claro quais são planos do governo, que pretende congelar salários e partir para privatizações no segundo semestre.

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Governo pretende congelar salários e partir para privatizações

Guedes deixou claro em uma live organizada pelo banco Itaú BBA que, ao menos 3 empresas estatais deverão ser privatizadas pelo Governo Federal já no segundo semestre deste ano:

“Fizemos um levantamento de 159 empresas e subsidiárias que podem ser privatizadas. Em vez de fazer [privatização] de todas, vamos escolher três ou quatro grandes empresas para privatizar no segundo semestre.”

As empresas citadas por Guedes durante a live foram a Eletrobras (ELET6) avaliada em R$ 16 bilhões de reais no ano passado, os Correios e a Pré-Sal Petróleo (PPSA), esta última, segundo o ministro, foi avaliada em R$ 200 bilhões.

“O setor privado será o motor do crescimento. O setor público fez isso nos últimos 30 anos e o final está sendo melancólico”, disse Guedes. Entretanto, o ministro salientou como o Brasil não pode cair novamente “na armadilha de baixo crescimento e endividamento em bola de neve”.

Guedes alerta que o baixo crescimento e o endividamento poderiam voltar a ocorrer devido ao aumento das despesas orçamentárias do momento, caso sejam consideradas permanentes e não apenas para 2020, quando foram colocadas em prática pra enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

“Temos três fontes de despesas: a previdência está controlada e os juros estão baixos. Agora, estamos assistindo à luta contra o aumento [dos valores] do funcionalismo público que cresceram acima da inflação.”

O ministro da Economia falou novamente sobre a proposta de congelamento de salários do funcionalismo público para 2020 e 2021:

“Se o presidente Jair Bolsonaro vetar o reajuste, como anunciou como faria, pode ser que a gente continue trilhando para o equilíbrio fiscal.”

Ministro vê com otimismo a retomada da economia

Apesar da crise econômica que vem se instaurando, o ministro vê com otimismo a retomada da economia após essa crise. Isso porque, a economia brasileira ainda é uma economia flexível. Segundo ainda Guedes, o Brasil perdeu ”apenas” 1 milhão de vagas de trabalho, enquanto os Estados Unidos estão enfrentando o maior índice de desemprego da história.

Dois pontos fazem com que Guedes tenha um cenário otimista para a economia brasileira. Além dos fatores já citados, o ministro diz que a retomada da economia ocorrerá pelo “caso clássico” de recuperação. Isso deverá se dar com crescimento do crédito a dois dígitos, como crédito imobiliário, para consumo e para empresas. Isso deverá ocorrer por conta das baixas taxas de juros e além disso, um dos fatores que pode ser considerado bastante positivo será a volta dos investimentos privados nacionais e internacionais, especialmente nos setores de óleo e gás, elétrico e infraestrutura.

“Para isso, precisamos de marcos regulatórios. Levantar o PIB apenas com investimentos públicos é querer se levantar pelo suspensório ou pelo cinto. Não dá.”

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Imagem: A.RICARDO via Shutterstock