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Governo vai criar força-tarefa para explicar grande sumiço no INSS; entenda

INSS “some” com informações importantes e governo quer saber o que está acontecendo na autarquia. Entenda o caso

O governo federal anunciou que vai criar uma força tarefa para descobrir o que está acontecendo no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Isso porque, o órgão emitiu dois boletins com números diferentes para a quantidade de pessoas que estão na fila esperando uma resposta da autarquia.

Em julho deste ano, o governo lançou o “Portal de Transparência Previdenciária” com o objetivo de facilitar o acesso aos números do INSS. Entretanto, esse documento não teve uma atualização desde o seu lançamento.

Além disso, há 28 anos também é produzido o Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps). Apesar dos dois documentos serem do Ministério da Previdência, eles não apresentam o mesmo resultado para o tamanho da fila de espera num mesmo período

Grupo de estudo quer entender a discrepância entre os documentos do INSS

De acordo com o Portal da Transparência Previdenciária, em junho deste ano havia 1,2 milhão de pessoas na fila de espera do INSS, sendo que 674,9 mil estavam aguardando há mais de 45 dias. Entretanto, o Beps trouxe os seguintes dados para junho: 1,42 milhão na fila e 809,4 mil esperando há mais de 45 dias.

Imagem: SERGIO V S RANGEL / shutterstock.com

Diante dessa diferença de mais de 200 mil pedidos, o governo começou a receber críticas, muitas delas dizendo que a ideia do Portal da Transparência é divulgar os dados que o governo quer que a população veja.

Com a repercussão negativa, o Ministério da Previdência criará um grupo de estudo para entender o motivo da diferença entre os dados, identificar possíveis inconsistências e discutir a metodologia para a análise de dados.

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O que o governo diz?

Em entrevista, o presidente do INSS afirmou que a diferença de dados é por conta da distinção de metodologia dos dois documentos. Além disso, ele garante que o Beps vai passar a analisar os números da mesma forma que o Portal.

Contudo, pessoas da área apontam que os dois documentos usam a base de dados do INSS, portanto, apresentar números tão diferentes é um problema. Além disso, afirmam que o Portal apresenta informações incompletas. Por exemplo, ao considerar apenas o número de pessoas que esperam por uma perícia médica e não a quantidade de procedimentos que deverão acontecer.

Imagem: SERGIO V S RANGEL / shutterstock.com