Grande clube de futebol brasileiro afasta risco de falência
Após assembleia realizada nesta manhã (3), um importante time de futebol conseguiu negociar suas dívidas com credores. Veja o que aconteceu!
A Chapecoense afastou o risco de falência do time após ter conseguido a aprovação, nesta manhã (3), de um plano de quitação de dívidas. A medida foi pauta de uma assembleia entre o clube e os credores e poderá fazer parte do processo de Recuperação Judicial da equipe, que passou a valer desde fevereiro de 2022.
Durante um encontro virtual de cerca de 2 horas, representantes da Chapecoense e de empresas que possuem crédito com o time discutiram as questões que envolvem as dívidas ainda não pagas.
Nesse sentido, por maioria, ficou decidido que o plano de quitação de dívidas apresentado é válido. O próximo passo é encaminhá-lo para a aprovação judicial.
Dívida chegou a R$ 240 milhões
O valor total que a Chapecoense tem com seus credores subiu, no último ano, de cerca de R$ 100 milhões para R$ 240 milhões. Assim, durante a assembleia virtual, houve a aprovação do plano de quitação nas 3 modalidades propostas, com maioria comum de votos.
79,4% das microempresas credores e 75,18% dos responsáveis por ações trabalhistas concordaram com o documento apresentado pelo clube. Por outro lado, os demais credores (conhecidos como quirografários) tiveram uma aprovação do texto em 63,16%.
Como serão pagos os débitos após o acordo?
Se a justiça concordar com o plano de quitação de dívidas da Chapecoense, o time brasileiro determinou que os pagamentos ocorrerão da seguinte forma:
- Valores até R$ 10 mil serão pagos integralmente entre 30 e 60 dias;
- Valores acima de R$ 10 mil e até 150 salários mínimos terão deságio de 60% para quitação;
- Montantes superiores a 150 salários mínimos terão deságio de 85% para pagamento.
Além do deságio nos dois últimos casos, a proposta é pagá-los de forma parcelada e a longo prazo. O processo de Recuperação Judicial do time continua sem prazo definido, enquanto a Chapecoense tenta reerguer o clube.
Anteriormente, o clube chegou a cogitar se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), medida similar à que aconteceu com o Cruzeiro (MG). Contudo, a possibilidade das dívidas antigas continuarem poderia criar um impasse administrativo. Por isso, a decisão foi ignorada.
Imagem: Fernando Torres/CBF/Agência Brasil
