Grande empresa de bebidas é denunciada por propaganda enganosa; entenda o caso

No dia 16 desde mês, o Instituto de Defesa ao Consumidor (Idec) apresentou ao Senacon, órgão do Ministério da Justiça, uma denúncia contra a empresa de bebidas Tang. A justificativa seria que a companhia fez uso de propaganda enganosa.

De acordo com o Idec, as propagandas publicitárias da Tang são enganosas porque propagam ideias parcialmente falsas sobre os benefícios causados pelo consumo do suco em pó. Para entender melhor o motivo, confira mais detalhes sobre o caso na matéria a seguir!

Propaganda enganosa pela empresa de bebidas

Ainda segundo o Instituto, todas as alegações de saúde, como, por exemplo, fortalecimento dos ossos das crianças, que o produto diz proporcionar, são propagandas enganosas e não levam em consideração os ingredientes do item em si.

Além disso, omitem as recomendações dos órgãos de saúde OMS e OPAS sobre os riscos de doenças crônicas pelo consumo de ultraprocessados. Nesse sentido, os produtos denunciados pelo Idec são:

• Preparo sólido para refresco saborizado;
• Pó para preparo de bebida;

Ademais, o advogado do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Leonardo Pillon, destaca que os produtos contêm nutrientes críticos em excesso como, açúcar e sódio, além de edulcorantes não recomendados pelo OPAS. Leonardo ainda chama atenção para a tentativa da empresa de bebidas de induzir o consumidor ao erro, sugerindo que seu consumo é saudável.

Posição da Tang

Em nota, a empresa de bebidas se posicionou dizendo que “reforça e respeita rigorosamente a legislação brasileira e disponibiliza informações nutricionais obrigatórias e complementares de seus produtos”.

Por fim, acrescenta que as bebidas apresentam baixo teor de calorias, açúcares e sódio, além de 100% da recomendação diária de Vitaminas C e D (em 2 copos de 200ml) e fonte de zinco, o que estaria dentro das recomendações da Anvisa.

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A empresa já havia sido denunciada anteriormente, em 2017, também por propaganda enganosa. Na ocasião, o rótulo dos produtos vinha com “sem corantes artificiais” escrito em sua composição, o que daria ao produto a condição de natural. A multa por esse processo chegou a R$ 1 milhão de reais, sem condição de ser anulada.

Imagem: Marko Aliaksandr/shutterstock.com