Grande operadora telefônica passa por problemas financeiros

A Oi, operadora telefônica, fechou o pregão da Bolsa com uma queda de 31,78%, a R$ 1,61. A empresa entrou, na última quarta-feira (1º),  com um pedido de tutela de urgência cautelar na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), para impedir que ativos da empresa sejam bloqueados.

A empresa informou que possui uma dívida de R$ 29 bilhões. Dessa forma, o juiz Fernando Cesar Ferreira Viana concedeu a tutela de urgência antecipada a empresa.

Com o pedido, a Oi abre espaço para uma possível nova recuperação judicial. A operadora telefônica encerrou um processo de recuperação judicial de mais de seis anos de duração em dezembro de 2022. Este foi o maior da história do país, já encerrado, com dívida de R$ 65,4 bilhões. 

Pedido abre caminho para segunda recuperação judicial da operadora telefônica

O pedido de proteção feito pela Oi é semelhante ao que a Americanas fez em janeiro deste ano. A varejista teve proteção de 30 dias contra a cobranças por credores. Ou seja, a solicitação é preparatória para uma segunda recuperação judicial da empresa.

A Oi tentava negociar a reestruturação da dívida, contudo, não entrou em acordo com os principais credores da operadora telefônica. 

“O não pagamento de mais de R$ 600 milhões que vencem em 5.2.2023, dentre os quais mais de US$ 82 milhões devidos a título de juros para os bondholders [detentores de bônus], acarretaria o vencimento antecipado da quase totalidade da dívida financeira acima apontada, por conta das cláusulas de vencimentos antecipado e cruzado previstas em seus contratos financeiros”, afirmaram os advogados da Oi.

Assim, de acordo com a operadora telefônica, o pedido tem como objetivo “a proteção do seu caixa”, enquanto a operadora telefônica dá continuidade às negociações com os seus credores “de forma equilibrada e transparente”. 

Imagem: Pixabay/Pexels