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“Grande renúncia”: depois dos EUA, onda de demissões voluntárias chega ao Brasil

Está ocorrendo um movimento incomum no mercado de trabalho dos EUA. O país vive uma onda de pedidos de demissão, que ganhou o nome de “Great Resignation” (grande renúncia). Só em março, 4,5 milhões de trabalhadores deixaram suas funções por vontade própria no país, segundo dados do Departamento do Trabalho.

As saídas ocorrem em áreas diversas, mas especialmente entre funcionários com baixa escolaridade e pouca experiência. Ao que parece, esse mesmo movimento também chegou no Brasil, com a diferença que, aqui, os pedidos de demissão acontecem principalmente entre profissionais qualificados.

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Onda de demissões voluntárias chega ao Brasil

Para acompanhar a movimentação no mercado de trabalho, a Blue Management Institute (BMI) realizou um levantamento com 48 líderes de recursos humanos de grandes empresas para entender como as companhias brasileiras estão lidando com essa onda de demissões.

De acordo com o levantamento, 52% dos diretores afirmam que existe um crescimento no número de demissões voluntárias, principalmente entre profissionais com ensino superior completo e anos de experiência em uma área. Entre os motivos, está a procura por um trabalho com remuneração melhor e mais realização pessoal.

A pesquisa é reforçada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o levantamento da instituição, mais de 600 mil trabalhadores pediram as contas em março deste ano.

Para prevenir a onda de demissões voluntárias, os departamentos de RH estão adotando novas medidas para recrutar e manter os funcionários. Segundo a BMI, a oferta de oportunidades de carreira com crescimento horizontal e vertical está presente em 43,8% das empresas. 

Além disso, a redução de pré-requisitos de entrada e pacotes aprimorados de remuneração e de benefícios flexíveis já foram adotados por 33,3% das companhias pesquisadas.

“O pêndulo de poder das empresas tem se deslocado para o lado das pessoas. Se, por muito tempo, a força de articulação e barganha foi mais forte para o empregador, hoje os profissionais é que estabelecem exigências na mesa de negociação”, disse Daniel Augusto Motta, sócio-fundador e CEO da BMI, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

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Imagem: pcess609 / Shutterstock.com