Haddad põe a culpa dos juros elevados em Bolsonaro; confira
O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disparou duras críticas ao ex-presidente e o culpabilizou pelos juros elevados. Confira aqui!
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) durante uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmando que medidas adotadas por Bolsonaro em 2022 teriam levado ao aumento da taxa de juros.
Haddad classificou essas ações como uma “farra” eleitoreira, que resultou em um patamar elevado de juros. Além disso, ele não poupou palavras ao descrever Bolsonaro, dizendo que ele “talvez seja a pessoa mais limitada” que já viu em sua vida.
“Farra” eleitoreira e suas consequências
Durante a audiência, Haddad mencionou algumas das ações tomadas por Bolsonaro antes das eleições, como desonerações em determinados setores e a expansão de benefícios sociais.
Segundo o ministro, essas medidas eleitoreiras resultaram em gastos significativos, estimados em cerca de R$ 300 bilhões anualizados. Ele também destacou a PEC dos precatórios, que classificou como um “calote” dessas dívidas.
A taxa de juros, medida pela taxa Selic, atingiu o patamar de 13,75% em agosto do ano passado, o maior nível desde janeiro de 2017. Haddad atribuiu esse aumento ao descontrole das contas públicas durante a gestão passada, enfatizando que a inflação também atingiu dois dígitos durante o governo Bolsonaro.
Impacto nas contas públicas e inflação
O ministro da Fazenda ressaltou o descontrole das contas públicas como um dos principais fatores para a alta dos juros. Ele argumentou que o governo anterior não conseguiu manter a situação fiscal sob controle, o que levou a um aumento significativo do endividamento público.
Além disso, Haddad mencionou a inflação elevada durante esse período, afirmando que isso também contribuiu para a necessidade de elevar a taxa de juros.
As declarações de Haddad reforçam o debate sobre a responsabilidade do governo Bolsonaro no cenário econômico atual. Enquanto o ex-presidente defende suas políticas econômicas e critica a atuação do Banco Central, Haddad aponta a “farra” eleitoreira como uma das principais causas do aumento dos juros.
Resta acompanhar as repercussões dessas declarações e observar como o debate em torno desse tema se desenrolará nos próximos meses.
A questão dos juros elevados continua sendo uma preocupação para a economia brasileira, e as opiniões divergentes sobre suas causas e possíveis soluções são elementos essenciais nesse contexto.
Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil
