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Inflação: brasileiros perderam 21% em poder de compra em 3 anos

O ano de 2022 começou com a inflação em alta (a maior registrada desde 2017), porém numa velocidade menos acelerada que a do final de 2021. Dessa forma, espera-se que os preços subam em metade do ritmo do ano passado.

O economista Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), diz que o cenário é preocupante. 

Ele observa que nos últimos três anos a inflação acumula uma alta de mais de 20%, e por isso, os brasileiros estão perdendo seu poder de compra. Principalmente famílias de baixa renda, que gastam a maioria da renda com alimentação. 

“Se considerarmos que tivemos em 2020 uma inflação de 5,62%, medida pelo IPC da Fipe, e de 9,73% em 2021, são mais de 16% acumulados em dois anos. Se empilharmos mais 5% deste ano, estamos falando de 21% a 22% de inflação em três anos. É muita coisa. É um quadro muito preocupante. Em três anos perdemos 21% do poder de compra e precisaríamos ganhar entre 20% a 21% a mais para compensar o poder de compra perdido. Se, por um lado, o emprego está voltando, a renda ainda está muito abaixo do nível pré-pandemia. E a renda caiu nas camadas sociais mais baixas, que gastam praticamente tudo com alimentação e habitação. Para essas camadas, o emprego depende de ir para rua e ele foi afetado pela pandemia. É muito grave o cenário. Há uma questão social que deve ser o grande debate nas eleições deste ano”, explica. 

No entanto, Guilherme destaca que os fatores que contribuíram em 80%  para a inflação de 2021 foram: eletricidade, gás, combustíveis, preços de carro e alimentação. Portanto, mesmo que tenha virado o ano, os efeitos continuam. 

Além disso, o economista diz que a alimentação ainda é o foco de pressão na inflação e deve continuar porque os fatores de alta de preços se mantêm. 

Quanto aos outros focos de pressão, são tudo uma incógnita. Guilherme Moreira aponta que, devido à tensão na Rússia, o preço do petróleo deve permanecer alto. Há também a questão do câmbio, que depende da eleição e da crise internacional. Ele ressalta que tudo isso contribui para que a inflação deste ano fique acima da meta de 5% e que acha pouco provável chegar a 10%. 

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Imagem: rafastockbr / shutterstock.com