Desigualdade: inflação para famílias com renda mais baixa é maior que o normal
Arroz e feijão estão entre os produtos que mais pesaram no orçamento.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda de até cinco salários mínimos, a inflação para essa classe ficou em 0,96% em maio deste ano. Essa é a maior taxa para o mês desde 2016 (quando a taxa foi de 0,98%). Além disso, o índice ficou acima do observado em abril (0,38%), segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE.
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Inflação para famílias com renda mais baixa é maior que o normal
De acordo com as informações, o INPC acumula 3,33% no ano e 8,9% em 12 meses. Desse forma, ele teve percentuais maiores do que os da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acusou variações de 0,83% em maio, de 3,22% ao ano e de 8,06% em 12 meses. Os segmentos de “habitação” e “alimentos e bebidas” foram os que mais impactaram a inflação das famílias de menor renda. Já os itens que ocupam mais espaço na cesta de consumo dos mais ricos tiveram alta mais modesta.
“Quando se observa a variação acumulada em 2020, se comparada com a de 2019, os dados mostram que, para as três faixas de renda mais baixa, houve uma aceleração da inflação. Enquanto que, para as três classes de renda mais alta, o ano passado proporcionou um alívio inflacionário. A diferença entre essas pressões pode ser explicada pelo peso das despesas com alimentos, energia e gás: elas comprometem 37% dos orçamentos mensais nas famílias mais pobres e 15% nas mais ricas”, afirmaram na Nota Técnica os pesquisadores do Ipea.
Alimentos e bebidas tiveram inflação de 0,53% em maio
Em maio, os produtos alimentícios medidos pelo INPC tiveram inflação de 0,53%, enquanto que os não alimentícios registraram alta de preços de 1,1% no mesmo período. Dessa forma, as famílias que possuem renda mais baixa acabam sofrendo uma taxa de inflação maior do que a oficial, o que aumenta as desigualdades, principalmente em um momento de pandemia.
Apesar disso, a tendência não é recente. No ano passado, enquanto a inflação das famílias de renda mais baixa teve elevação de 6,22%, ela registrou a menor taxa no segmento de renda alta: 2,74%. Em 2020, os itens que mais pesaram na cesta de consumo dos mais pobres foram arroz (76%), feijão (45%) e carnes (18%). Em seguida, vieram leite (27%) e óleo de soja (104%), além das tarifas de energia (9,2%) e do gás de botijão (9,1%).
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Imagem: Andrey_Popov / shutterstock.com