Investigação de assédio na Caixa chega ao fim: saiba o que aconteceu

A investigação sobre assédio sexual envolvendo o ex-presidente da Caixa Econômica Federal foi concluída pelo Ministério Público Federal. Os resultados foram apresentados à justiça há cerca de 1 mês e correm em sigilo. Nesse sentido, ainda não se sabe exatamente as determinações. 

O MPF também não confirma se Pedro Guimarães foi acusado formalmente. Se esse for o caso, o ex-presidente do banco público deverá ser submetido a um juiz que decidirá se ele será condenado criminalmente. O ex-chefe da instituição financeira era bastante próximo do então presidente, Jair Bolsonaro (PL). 

Investigação de assédio na Caixa Econômica Federal

No final de junho de 2022, as primeiras investigações sobre os episódios de assédio cometidos pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tornaram-se públicas. Foram mais de 50 depoimentos de vítimas, o que levou à demissão do mesmo. 

Depois de mais de 3 meses, a corregedoria do banco público concluiu a existência de diversos indícios que apontam para ações de assédio moral e sexual praticadas pelo ex-presidente. 

O documento apresentado reuniu a verificação de viagens e reservas em hotéis, fotos, jantares e datas de reuniões. Ao todo, o relatório conta com cerca de 500 páginas e foi realizado por 10 funcionários do banco do estado. 

Conforme aponta o documento, as primeiras denúncias começaram a chegar em maio de 2022 e quando a imprensa passou a divulgar, mais pessoas apresentaram queixas sobre o comportamento de Guimarães. De acordo com a defesa do ex-presidente, Pedro Guimarães repudia a forma como se deram as investigações. 

Pagamento de multa 

A partir das publicações realizadas pela imprensa, o Ministério Público do Trabalho já havia solicitado a condenação de Pedro Guimarães com multa de R$ 30,5 milhões por danos morais coletivos. Na mesma ação, a autoridade ainda pediu a condenação da Caixa Econômica Federal com multa de R$ 305 milhões. 

Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil