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Jogadores de futebol ganhavam R$ 150 mil em esquema de manipulação de apostas

Esquema de manipulação de apostas no futebol é investigado pela operação “Penalidade Máxima”. Entenda o caso!

Na última terça-feira (14), o Ministério Público de Goiás deu início à operação “Penalidade Máxima” que investiga grupo suspeito de esquema de manipulação de apostas. Na situação, estariam envolvidos jogadores de futebol do Campeonato Brasileiro.

De acordo com as investigações, o grupo agia a fim de influenciar as apostas de altos valores. Segundo o MP, pelo menos três jogos da rodada final da Série B de 2022 teriam sido manipulados por ações do grupo.

Operação Penalidade Máxima investiga esquema de manipulação de apostas

O Ministério Público de Goiás cumpriu, na terça-feira, mandados de prisão e de busca e apreensão nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. As partidas nas quais o grupo teriam realizado o esquema de manipulação de apostas ocorreram na etapa final da segunda divisão do Brasileirão 2022, sendo elas: Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina.

Informações das investigações reveladas recentemente relatam o envolvimento de jogadores com o grupo. Os atletas recebiam altos valores para cometer pênaltis e comprometer o resultado das partidas. O Ministério Público acredita na movimentação de R$ 600 mil. Além disso, o esquema de manipulação de apostas concedia o lucro de cerca de R$ 2 milhões aos apostadores.

Denúncias e envolvimento de atletas

Em coletiva de imprensa, dada pelo presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo revelou detalhes da operação. O clube teria denunciado o meia Marcos Vinícius Alves Barreira, o Romarinho. O atleta teria aceitado receber R$ 150 mil para cometer um pênalti durante o primeiro tempo do jogo Vila Nova x Sport. O atleta que não faz mais parte da equipe, teve o contrato rescindido ainda em 2022 por problemas de disciplina.

“Passou o jogo, uns três dias, e fui informado que o Romário estaria envolvido em um esquema de apostas. Ligamos o alerta e fomos atrás. Entrei em contato com quem teria articulado todo o esquema. Essa pessoa nos relatou que a combinação era um pênalti no primeiro tempo de Sport x Vila Nova e outras duas partidas da mesma rodada [Sampaio Corrêa x Londrina e Criciúma x Tombense]”, afirmou Bravo.

Na ocasião, Romarinho não foi relacionado para a partida e teria coagido outro jogador para participar do esquema. Além do meia, outros jogadores são alvos das investigações, sendo eles: Gabriel Domingos de Moura, do Vila Nova, Joseph Maurício de Oliveira Figueiredo, do Tombense, e Mateus da Silva, ex-Sampaio Corrêa.

O MP não descarta a possibilidade de outros jogadores de futebol estarem envolvidos no esquema de manipulação de apostas. Até o momento, um empresário foi preso temporariamente em São Paulo. Os envolvidos no caso podem ser enquadrados pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.

Imagem: MP/Divulgação