Jornalistas entram em greve após demissões em massa
Com demissões em massa, baixa nos salários e corte de benefícios, jornalistas entram em greve e pedem demissão de CEO. Entenda a situação!
Na última segunda-feira (5), jornalistas de uma empresa norte-americana decretaram greve. A ação foi liderada pelo sindicato NewsGuild, que representa os funcionários da Gannett, empresa de mídia norte-americana com sede em Tysons Corner, na Virgínia. A companhia é a maior editora de jornais em circulação diária nos Estados Unidos.
A motivação para a greve é devido às demissões em massa, impulsionadas pelo atual CEO (diretor executivo) da empresa, Mike Reed. Além das demissões, outra questão apresentada pelos jornalistas foi a redução dos salários em diferentes cargos da companhia.
Entenda o caso de paralisação dos jornalistas nos Estados Unidos
Os jornalistas dos Estados Unidos iniciaram greve em cerca de 24 redações administrativas da Gannett. Segundo o The New York Times, o sindicato da categoria pede a saída do atual gestor executivo da empresa, que é o responsável pelas demissões em massa e a queda salarial.
Entre todas as movimentações do grupo USA Today, esta é um marco histórico. Isso porque representa a maior ação trabalhista contra o aglomerado.
Além da redução de salários, os grevistas também protestam contra a redução nos benefícios dos trabalhadores, que também aconteceu após a entrada de Reed em 2019, quando a Gannett e a GateHouse Media fundiram-se em uma única marca.
Nesses quatro anos, os funcionários afirmam, em carta aberta, que as decisões impactaram outros eixos da empresa. De lá para cá, Gannett teve uma queda de 70% no preço das ações da empresa.
Além disso, a carta afirma que a elevada carga de dívida, após a fusão das empresas, foi um dos fatores para a redução dos salários dos jornalistas.
Reunião anual de acionistas da Gannett
A ação do sindicato estava programada para coincidir com a reunião anual de acionistas da Gannett de 2023, na qual os sindicalistas pediriam aos acionistas votos de desconfiança a Mike Reed.
Entretanto, Jon Schleuss, presidente do NewsGuild, insatisfeito, publicou na internet que Mike Reed “encerrou a reunião oito minutos antes de começá-la”.
Portanto, as solicitações da categoria, bem como as possíveis soluções, nem chegaram a ser discutidas em reunião, e a paralisação continua nos Estados Unidos.
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