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Como ficam os juros da Caixa para financiamento imobiliário após redução

Na última quinta-feira (16), a Caixa anunciou uma redução dos juros do financiamento da casa própria

Na última quinta-feira (16), a Caixa anunciou uma redução dos juros do financiamento da casa própria. Isso acontece mesmo apesar da Selic ter uma previsão de nova alta. O banco vai diminuir as taxas de juros somente na modalidade de financiamento associada à poupança, que foi lançada em março de 2021. Quem solicitar crédito por essa linha, vai pagar uma taxa de juro fixa mais o rendimento da poupança. O que a Caixa diminuiu foi a parcela fixa da linha que caiu de 3,35% para 2,95% ao ano. 

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Como ficam os juros da Caixa para financiamento imobiliário após redução

Se soma a taxa de 2,95%, o rendimento da poupança, que atualmente está em 3,675% ao ano. Sendo assim, o total de juros fica em 6,625%, contra os 7,025% neste momento. Apesar de parecer barato, há um detalhe. A nova taxa começa a valer no próximo mês, quando a Selic já teria subido para 6,25%. Quando o cliente contratar o crédito, vai iniciar pagando 7,32%. Ou seja, mais que os 7% da linha tradicional de financiamento da própria Caixa. 

E pode piorar: se as projeções do mercado financeiro estiverem corretas, e a Selic encerrar o ano em 8% ao ano, a linha de crédito imobiliário passa a ter juros de 8,55%. E assim, a vantagem que havia sobre o resto do mercado desaparece. No teto da remuneração da poupança, o crédito custaria 9,12% ao ano. E com isso, fica mais caro que qualquer linha tradicional existente no mercado. 

Além disso, a linha atrelada à poupança é pequena do ponto de vista do mercado e o Banco Central não produz estatísticas para a modalidade. As regras para a classificação foram criadas apenas em maio, e os dados ainda não são públicos. A Caixa afirma que a modalidade já representa 40% das novas contratações. O banco também não detalha todas as contratações nas 4 modalidades que oferta. 

Juros em alta

Em suma, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães buscou uma jogada eleitoreira. Entretanto, também mexeu com a memória recente dos cidadãos, ao anunciar o corte de juros na contramão da tendência do mercado. Em 2012, Dilma Rousseff usou os bancos públicos para buscar reduzir o custo do crédito no Brasil. A ação resultou em uma inflação e um tiro na rentabilidade dos bancos públicos. 

Os bancos precisaram de anos para recompor o rombo. É dito isso, porque o banco ganha dinheiro com juro. A Selic é o custo do dinheiro. Para conseguir lucro, o banco deve cobrar mais do que essa taxa, o suficiente para pagar todos os seus custos e ainda cobrir inadimplências. 

Quando se trata de empréstimos de longo prazo, é necessário colocar na conta o juro futuro. Ele insere as estimativas do mercado de quanto o dinheiro vai custar lá na frente. Desde que a crise política piorou no Brasil, os juros dispararam e foram para acima de 10% ao ano. 

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Imagem: studioarz / Shutterstock.com