Litro da gasolina deve subir mais de R$ 0,60 em 2023
O presidente eleito não irá prorrogar a medida que isenta o pagamento dos tributos federais sobre os combustíveis. Confira quanto ficará
Na última terça-feira (27), Fernando Haddad (PT), futuro ministro da Fazenda do governo Lula (PT), afirmou que o presidente eleito não irá prorrogar a medida que isenta o pagamento dos tributos federais, Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento para a Seguridade Social (Cofins).
De modo que a isenção havia sido determinada no início do ano pelo governo Jair Bolsonaro (PL). Assim, o intuito da medida era baixar os preços que tiveram alta devido à guerra na Ucrânia. Dessa forma, a medida vale somente até este mês de dezembro.
Combustíveis mais caros
Portanto, com a volta de tributos federais sobre combustíveis os preços aos consumidores devem elevar nos seguintes valores. É o que diz o levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE):
- Gasolina: R$ 0,69 por litro;
- Diesel: R$ 0,33 por litro;
- Etanol: R$ 0,26 por litro.
Dessa forma, o valor dos combustíveis voltarão a subir, até que o governo eleito adote alguma medida para parar a alta de preços.
Impactos da medida
Por fim, segundo Haddad, Lula não quis que a isenção dos tributos fosse prorrogada pelo governo atual. Pois entende que o novo governo precisa de mais tempo para avaliar os impactos da medida. No entanto, o petista ainda afirmou que não há pressa para essa avaliação.
“Eu levei um pedido do presidente eleito para que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha impactar o futuro governo, sobretudo em temas que podem ser decididos daqui a dez dias, quinze dias, sem atropelo. Para que a gente tenha sobriedade de fazer cálculo de impacto, verificar a trajetória do que a gente espera das contas públicas ao longo dos próximos anos”, afirmou Haddad.
De acordo com o economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas, a volta dos tributos sobre os combustíveis deve aumentar a inflação em janeiro em 0,55 ponto porcentual. E, assim, a alta do nível geral de preços pode ser superior a 1% no mês.
Imagem: ALPA PROD/shutterstock