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Lula demite ex-ministro de Bolsonaro do Comitê de Ética

Lula desligou três membros do Comitê de Ética associados a Jair Bolsonaro durante o seu mandato; entenda o porquê

Após assumir a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu trocar determinados membros de governo. Alguns desses, inclusive, que haviam sido escolhidos pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Com isso, três dos sete membros do Comitê de Ética Pública do executivo foram trocados nesta terça-feira (07). Entre eles está João Henrique Freitas, ex-assessor de Jair Bolsonaro. 

Além do aliado do antigo governo, o presidente também decidiu dispensar Célio Fária, ex-ministro da secretaria-geral, e Fábio Prieto, ex-presidente do TRF-3. Assim, foram mantidos apenas 4 dos membros originais no cargo.

Antigos aliados de Bolsonaro são dispensados por Lula

Salienta-se que João Henrique Freitas era considerado um dos membros do antigo governo mais próximos de Bolsonaro, tendo se destacado nos últimos anos ao lado do antigo líder do PL. 

No governo de Jair, Freitas e Faria foram escolhidos para ocuparem os seus cargos no final do mandato do ex-presidente, em novembro de 2022. Em contrapartida, Prieto ficou mais tempo no cargo, tendo tomado posse em abril do ano passado.

Agora, o jurista Bruno Lemos será um dos substitutos após o desligamento de aliados de Bolsonaro. Além dele, Kenarik Boudjikian, desembargadora já fora da ativa, e Manoel Caetano Filho, ex-procurador, também foram convocados.

Polêmica envolvendo o presidente

Nas últimas semanas, Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma série de modificações em relação ao governo passado além das demissões de antigos aliados de Bolsonaro, como retomar o ‘Minha Casa, Minha Vida’ e mudar o teto de gastos. No entanto, algumas destas mudanças não foram bem aceitas por analistas de mercado.

Nesse sentido, o nome do presidente se tornou um dos assuntos mais comentados do noticiário econômico. Isso aconteceu devido às críticas que fez ao Banco Central (BC) e a Roberto Campos Neto, presidente da instituição.

Dentre as opiniões, Lula afirmou não concordar com a gestão de Campos Neto, além de criticar a política monetária que tem sido adotada. Após o Copom anunciar, na última quarta-feira (01), que iria manter a taxa Selic em 13,75%, o presidente criticou a instituição, insistindo que a Selic deve ser baixada.

O chefe do executivo ainda tem argumentado, nos últimos dias, que o presidente do BC deveria ser escolhido pelo presidente da República, causando um descontentamento no mercado financeiro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil