Mais da metade das franquias em shoppings não tiveram desconto no aluguel na pandemia

Com isolamento social estabelecido no início da pandemia, diversos comércios tiveram que fechar as portas temporariamente, inclusive em shopping centers. Mas, mesmo com as lojas fechadas, metade das franquias não tiveram desconto no aluguel.

O levantamento foi feito em abril, pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Foram estudados cerca de 350 contratos de locação de lojas em shoppings pelo Brasil. Confira o que foi possível descobrir com a pesquisa.

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Sem desconto no aluguel para franquias em shoppings

O contrato de locação em shopping center possui uma série de particularidades que o faz ser bem diferente de uma locação comum. O levantamento da ABF possibilitou ver detalhadamente como é o relacionamento das franquias com esses centros comerciais.

A pesquisa identificou que 55% das franquias em shoppings não tiveram qualquer desconto concedido durante o período de pandemia. Além disso, foi identificado que 44% dos locatários continuaram cobrando normalmente o 13º aluguel.

A justificativa mais comum para a cobrança em dobro no mês de dezembro é que nesse mês o comércio varejista tem mais movimento, e consequentemente um faturamento maior.

Os dados também apontaram que para 99% das franquias que participaram do levantamento, o índice de correção predominante é o IGPM, o índice geral de preços do mercado.

Para o cálculo da cobrança, 72% dos shoppings arrecadam aluguel percentual, aquele que é calculado pelo faturamento bruto do lojista. Outros 12% cobram também o fundo de promoção, um valor a ser utilizado em campanhas publicitárias.

Já a média de duração dos contratos de locação é de 54 meses para lojas e 34 meses para quiosques. A pesquisa apontou ainda que 1 em 4 shoppings cobram luvas, a taxa para preferência de um inquilino em uma locação. 

“Agora temos um panorama mais claro do cenário. À medida que mais marcas façam sua adesão ao projeto, teremos uma visão ainda mais ampla e profunda do panorama imobiliário do setor”, diz André Friedheim, presidente da ABF, em nota.

O plano da ABF é de expandir o seu banco de dados para conter informações referentes a unidades em ruas, street malls ou qualquer outro tipo de operação comercial.

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Imagem: Matyas Rehak / Shutterstock.com