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Médicos cobram prestação de contas a Unimed na Justiça

Cooperados da Unimed-Rio estão preocupados com a situação financeira da empresa. Em setembro, os prejuízos já chegavam a R$ 1,3 bilhão.

A Unimed-Rio está com sua saúde econômica comprometida. Nesse sentido, médicos cooperados estão cobrando a apresentação do desempenho financeiro da instituição no ano de 2022. A empresa, que está com 100 planos suspensos, agora precisa prestar esclarecimentos à 2ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro.

Os profissionais pedem a realização de uma Assembleia Geral Ordinária (AGO), que deveria ter ocorrido em março. Além disso, o pedido protocolado na justiça tem caráter de urgência, pois a não divulgação da situação da Unimed-Rio vem causando insegurança nos cooperados.

Entenda a falta de prestação de contas

Além de não realizar a AGO e não apresentar o desempenho financeiro do ano passado, a Unimed-Rio também descumpriu o prazo de entrega das finanças relativas ao quarto trimestre de 2022 à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O prazo para esta apresentação terminou em 31 de março. Assim, a situação da cooperativa não está presente nos dados divulgados pela ANS na segunda-feira, 24 de abril.

A falta de prestação de contas foi alertada pela Agência pois, devido a isso, a cooperativa não está presente no ranking das empresas com maior prejuízo em 2022. No entanto, em setembro, a Unimed-Rio já registrava R$ 1,3 bilhão de danos. Dessa forma, os médicos cooperados estão angustiados, pois suspeitam que a situação tenha piorado.

Médicos dão contrapartida de R$ 10 milhões por mês para cooperativa

A preocupação dos cooperados e o pedido judicial por explicações têm um motivo. Desde 2016, os médicos devolvem para o caixa da Unimed-Rio R$ 10 milhões por mês. Dessa forma, os profissionais da saúde são também responsáveis pelo desempenho financeiro da empresa, portanto, têm o direito de tomar conhecimento sobre seu andamento.

Segundo um dos cooperados, antes de levar a questão para a justiça, o Conselho Fiscal da cooperativa e a auditoria foram procurados, mas esses informaram a necessidade de uma auditoria externa. Devido a isso, os dados não foram divulgados.

No entanto, o profissional alega que, antes de solicitar nova audição, os resultados precisam ser apresentados aos cooperados. 

O impasse deixa os médicos apreensivos, uma vez que abrir mão da cooperativa também não é vantajoso. Isso pois um empregado com vínculo de 30 anos na Unimed-Rio, caso fosse sair, teria que pagar cerca de R$ 500 mil.

Por fim, a Unimed-Rio informou que não vai comentar o caso.

Imagem: rafastockbr / shutterstock.com