Mercado reage mal ao nome de Mercadante para BNDES ou Petrobras

Após rumores de que Aloizio Mercadante (PT), ex-ministro do governo de Dilma Rousseff, será o próximo a assumir o comando da Petrobras ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Lula, os contratos de juros futuros e o dólar dispararam na segunda-feira (12).

Dessa forma, o Ibovespa registrou uma queda de 2,59% a 104.730 pontos por volta de 12h07, enquanto a Nasdaq e a S&P 500 subia 0,30% e 0,26%, respectivamente.

Taxas de contratos DI registraram alta após rumores sobre Mercadante

Assim, às 13h15 de ontem (12), as taxas dos contratos DI com vencimento em janeiro de 2024 aumentaram de 13,83% para 14,01%. Nos papéis de longa duração, as opções com vencimento em janeiro de 2026 subiram de 12,95% para 13,26% enquanto os contratos para janeiro de 2028 foram de 12,89% para 13,17%.

Na mesma hora, o  contrato futuro do dólar com vencimento em janeiro observou uma valorização de 2,02% ante o real, cotado a R$ 5,367.

A divulgação dos dados da inflação norte-americana também contribuiu para a tensão no mercado, junto aos rumores a respeito de Mercadante.

Nome de Mercadante preocupa mercado

Os boatos sobre Aloizio Mercadante (PT), ex-ministro do governo de Dilma Rousseff, assumir o comando da Petrobras ou do BNDES preocupa o mercado. A relação do ex-ministro com a problematização política e econômica do governo Dilma é o principal fator para desconfiança. Mercadante faz parte do grupo de transição do governo petista. 

A figura de Mercadante é vista com resistência pelos investidores que enxergam o político como um enfraquecimento às regras fiscais.

Volatilidade suspende negociações no Tesouro Direto

A alta volatilidade dos juros em meio aos anúncios levou as negociações dos papéis prefixados e indexados à inflação no Tesouro Direto a serem suspendidas. 

Às 11h50 desta segunda (12), as operações foram retomadas com as opções pré-negociadas com juros de até 13,4%, enquanto os Tesouro IPCA+ tinha taxa na média de 6,3%.

Imagem: Agência Brasil/Marcelo Camargo