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Meta: conheça a dona do Facebook, WhatsApp e Instragram

Criada por Mark Zuckerberg, a empresa é uma das maiores de tecnologia do mundo.

A Meta Platforms Inc., companhia de tecnologia que tem a figura de Mark Zuckerberg como marca registrada, nasceu com o nome de Facebook, sendo atualmente uma das mais importantes do setor tecnologia do mundo.

Fundada em 2004 em Cambridge, cidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, ela conseguiu se manter em alta por duas décadas. Isso mostra seu poder de se reinventar e inovar tecnologicamente.

Ao longo dos anos, além do Facebook, a empresa começou a comprar e atrelar ao seu negócio outras redes sociais, como o Instagram e o WhatsApp.

Também foi pioneira em explorar o metaverso, um universo digital que visa criar uma realidade virtual, similar a de jogos que replicam a vida real. Daí surgiu o nome Meta, institucionalizado em 2021.

Hoje, a Meta é um conglomerado de tecnologia e mídia social com sede em Menlo Park, na Califórnia.

Apesar da queda de usuários registrada nos últimos anos no Facebook, o conjunto de marcas da empresa faz com que ela se mantenha forte. Mas não tanto quanto era antigamente.

A empresa perdeu um terço de seu valor de mercado em 2022 e anunciou a demissão de 11 mil funcionários.

Além da queda de usuários do Facebook, o setor de tecnologia, em geral, tem enfrentado dificuldades. Principalmente por conta da desaceleração da economia dos EUA, que faz com que os investidores se tornem mais conservadores.

No ano passado, a Meta reportou lucro líquido de US$ 23,2 bilhões, uma queda de 41% em relação ao lucro registrado em 2021. Já a receita total do ano caiu 1%, ficando em US$ 116,6 bilhões.

Fundadores e primeiros passos do Facebook

A marca nasceu em 2004 como uma rede social. O site thefacebook.com servia para conectar os alunos da Universidade de Harvard – onde estudava Mark Zuckerberg. Depois, com o tempo, a rede começou a crescer e chegar a outras universidades.

Além de Zuckerberg, participaram da fundação do Facebook os estadunidenses Dustin Moskovitz e Chris Hughes, também alunos da universidade. Depois, se juntaram como investidores Andrew McCollum e o brasileiro Eduardo Saverin.

Inicialmente, o Facebook só aceitava novos integrantes a partir de convites, o que aguçava o desejo das pessoas em participar. Em alguns anos, a bolha foi furada e se tornou hegemônica, ultrapassando os limites dos EUA e percorrendo o mundo.

Em 2008, a rede social já era a mais popular no mundo. Em 2009, tornou-se a mais usada nos Estados Unidos, com mais de 130 milhões de usuários, ultrapassando o MySpace, que até então ocupava o posto.

No Brasil, o Facebook chegou em 2007, quando a rede social passou a ter suporte para língua portuguesa. Em 2011, a companhia abriu seu primeiro escritório no país, localizado em São Paulo.

Mark Zuckerberg apagão do Facebook
Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock.com

De Facebook à Meta

Em 2012, o Facebook comprou o Instagram por US$ 1 bilhão. Naquela época, a rede social já prometia um crescimento capaz de ultrapassar o próprio Facebook em número de usuários e engajamento – o que de fato aconteceu nos anos seguintes.

Em 2014, foi a vez do WhatsApp: ele foi adquirido por US$ 19 bilhões. Com isso, a empresa começou a ter um poder ainda maior sobre as mídias digitais.

Desde as aquisições, o nome Facebook passou a ser questionado, já que a empresa deixou de ser apenas a rede social de mesmo nome. Mas foi só em 2021 que a marca passou por uma reformulação e passou a se chamar Meta.

O nome Meta faz referência a metaverso, uma das grandes apostas da companhia nos últimos anos. Trata-se de uma realidade virtual em que as pessoas podem simular a vida real por meio de “bonequinhos” virtuais.

O metaverso seria, portanto, o futuro das redes sociais – o grande ramo da empresa. No entanto, ele não alcançou, ao menos até o momento, a popularidade imaginada.

Conforme alguns especialistas norte-americanos, a aposta e o investimento alto no metaverso pode ter sido um erro de Zuckerberg. Assim como um dos motivos para os números da companhia terem caído no balanço do último ano.

Números da Meta

O relatório de 2022 da Meta mostrou que, no acumulado dos 12 meses do ano, a empresa reportou lucro líquido de US$ 23,2 bilhões. Isso significa uma baixa de 41% em relação ao lucro registrado em 2021.

Já a receita total do ano caiu 1%, ficando em US$ 116,6 bilhões. Mesmo assim, o valor das ações se mantém em alta.

Isso aconteceu porque, conforme analistas, a companhia conseguiu ter quedas menores do que o projetado por eles, tendo em vista o seu cenário. De certa forma, isso demonstra boa capacidade da empresa em se manter sólida e voltar a crescer.

Ademais, outro fator positivo foi o avanço de pessoas conectadas aos seus serviços.

Veja o gráfico abaixo (em bilhões de pessoas) que mostra a evolução dos número de usuários ativos por dia do Facebook.

Fonte: Meta

Como visto acima, foram cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo que acessaram o Facebook em média por dia no “Q4’22”, que significa “4º quarter de 2022”, ou quarto trimestre de 2022 – período de outubro a dezembro.

Desse total, conforme o gráfico acima, a maior parte dos acessos vieram da Asia-Pacífico, seguido do “rest of world”, que significa resto do mundo. É nesse conjunto que estão os acessos vindos do Brasil, que não são separados.

Mas para termos uma ideia de grandeza, diariamente, seria como se quase dez vezes a população inteira do Brasil, de pouco mais de 210 milhões de habitantes, acessassem o Facebook.

No Brasil, as ações da companhia estão disponíveis para compra pela bolsa de valores de São Paulo, a B3, por meio de BDRs, com o código M1TA34.

Polêmicas da Meta e do Facebook

A história da Meta e do Facebook também é marcada por polêmicas em relação a problemas com privacidade. A empresa é acusada de falta de responsabilidade com o uso dos dados da sua base de usuários.

Isso porque uma das formas como big techs como a Meta ganham dinheiro – a principal delas – é vendendo os dados dos seus usuários. Esses dados são utilizados por empresas de marketing, por exemplo, para desenvolver campanhas mais eficientes.

O maior dos escândalos nesse sentido envolveu a empresa Cambridge Analytica. Ela obteve informações sobre usuários com uma enquete virtual. Porém, o Facebook permitiu que cada participante entregasse também dados de seus contatos – o que é considerado antiético.

No final da pesquisa, a empresa havia coletado dados de cerca de 87 milhões de americanos. E esses dados teriam sido utilizados para influenciar as eleições presidenciais de 2016, em que Donald Trump foi eleito o presidente dos Estados Unidos.

No Brasil, questiona-se se algo similar ocorreu nas eleições de 2018, em que Jair Bolsonaro foi eleito. O período foi marcado por polêmicas sobre fake news nas redes sociais.

Além disso, há uma discussão acerca do perigo das “bolhas das redes sociais”. Isso porque elas fazem com que os usuários só tenham acesso a informações baseadas em seus interesses pessoais.

Imagem: rafapress/shutterstock.com