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Ministro das Comunicações volta a defender privatização dos Correios

Na última quarta-feira (20), o ministro Fábio Faria, do Ministério das Comunicações, defendeu novamente o projeto de privatização dos Correios. Em audiência na CAE, do Senado Federal, Faria disse que se a estatal não for comprada, os concorrentes da iniciativa privada devem ficar com a grande maioria das entregas. E assim, deve sobrar “apenas o osso” da sua função para os Correios. Saiba os detalhes a seguir.

Como a privatização dos Correios pode afetar os lojistas?

Ministro das Comunicações volta a defender privatização dos Correios

Em seu discurso, Fábio Faria disse que as empresas privadas estão em busca de alternativas aos Correios, para entregarem enquanto os funcionários da estatal faziam greves. “Quando a greve acaba, essas empresas não voltam para os Correios”.

Para Faria, as greves são responsáveis por uma elevada perda, em torno de 20% a 30%, de fatia do mercado de entregas de encomendas e receitas. “Nos últimos 10 anos tivemos 12 greves. Só no ano passado, teve uma paralisação de 35 dias. Nela, outras empresas como Mercado Livre e Magalu usavam praticamente apenas os Correios. Hoje essas empresas usam apenas 10%, porque elas precisam garantir a entrega. Não podiam parar.”

Ademais, os varejistas contornaram as paralisações, ao reforçar a própria malha logística. E isso, leva à perda de receita da ECT. Faria disse que, para que os Correios não perdessem participação no setor, a estatal deveria investir R$ 2,5 bilhões em relação às companhias privadas nacionais e globais. Entretanto, algumas delas “investem 3 a 4 vezes mais que os Correios”, disse o ministro.

Por outro lado, Faria elogiou os Correios, apesar de fazer críticas à gestão financeira da empresa. Apesar da presença em 5.568 municípios do país, ela registrou uma queda de 57,6% no volume de correspondências entre 2015 e 2021. Nesse período, os Correios sofreu teve uma perda de 43% na receita.

Por fim, vale ressaltar que há duas semanas, os sindicalistas de associações de funcionários dos Correios foram ouvidos pelo Senado. Em depoimento, eles chamaram a privatização da estatal de “inconstitucional”. A oposição fez coro à crítica, e acrescentou que a proposta é “desnecessária”.

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Imagem: casa.da.photo / Shutterstock.com