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Como a privatização dos Correios pode afetar os lojistas?

Atualmente, o principal pilar do comércio eletrônico brasileiro é o Correios

A privatização dos Correios é um dos assuntos mais comentados no Brasil. Em suma, a mudança pode impactar na vida de empresários, além dos consumidores. De acordo com a proposta do Ministério da Economia, a União vai se desfazer de 100% do capital da empresa. O projeto deve passar ainda neste mês de agosto, pela Câmara dos Deputados. 

Vitória de Paulo Guedes: Câmara aprova privatização dos Correios

Como a privatização dos Correios pode afetar os lojistas?

Apesar de ser um assunto polêmico, é importante entender sobre o tema. Vários setores devem sofrer impactos, tais como o e-commerce. É dito isso, pois atualmente, o principal pilar do comércio eletrônico brasileiro é o Correios. A empresa tem mais 100 mil funcionários, e é o maior operador logístico da América Latina, e atua em torno de 5,5 mil cidades do Brasil. 

Por conta disso, não há dúvidas de que o setor de vendas online vai sofrer com a mudança. De acordo com Cláudio Dias, COO do Magis5, Hub de Integração e Automação para vender em marketplaces, de todos os municípios brasileiros, apenas 200 geram lucros na operação logística e todo o restante dá prejuízo.

Dias explica que “Acredito que é importante nos perguntarmos se uma empresa privada assumirá essa operação de forma que garanta o recebimento das entregas em todo o Brasil. Afinal de contas, isso significa que 95% de sua operação não é lucrativa, porém, democrática, e de necessidade pública”.

Já Denny Mews, CEO da CargOn, logtech que atua como operador logístico digital, e especialista em Transporte de Cargas, “na minha opinião, precisamos, sim, privatizar os Correios. Focar em uma gestão ágil, agressiva, onde os resultados que vão determinar a permanência de um colaborador e não a estabilidade de um órgão público”.

Dessa forma, quem comprar os Correios, precisa pensar em como tornar a empresa competitiva. Atualmente, a empresa não tem como concorrer com gigantes que efetuam entregas, como é o caso da Amazon, do Mercado Livre e do Magazine Luiza.

Por fim, Mews finaliza que “Não existe a condição de, hoje, os Correios serem competitivos a médio/longo prazo com os novos entrantes. Então, é preciso que o comprador continue atendendo regiões remotas onde nenhum outro serviço chegue e garantir esse tipo de serviço aos brasileiros”.

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Imagem: Salty View / shutterstock.com