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Ministro do TSE que julgará inelegibilidade de Bolsonaro já atacou o ex-presidente; entenda

O objeto do julgamento será a reunião na qual o ex-presidente questionou as urnas eletrônicas. “Minuta do golpe” também será analisada. Veja!

Na próxima terça-feira (27), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento que pode tornar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, inelegível.

Ele é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A ação foi protocolada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), em agosto de 2022.

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Morais, reservou três datas para o julgamento: os dias 22, 27 e 29 de junho. Ele e Bolsonaro já protagonizaram vários episódios de embate desde 2018. A sessão terá início às 19h, com a apresentação do voto do ministro Benedito Gonçalves, relator da ação.

Votos dos ministros

As questões que antecederam a ação do PDT serão apresentadas pelo relator. Entre elas está a “minuta do golpe”. O documento foi incluído nas investigações em janeiro de 2023. Ele foi apreendido na casa do ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres, durante as operações de 8 de janeiro.

A sequência de votos dos ministros do TSE será: Raul Araújo; Floriano de Azevedo Marques; André Ramos Tavares; a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia; e, por fim, Alexandre de Morais.

Caso algum desses ministros peça vista, ou seja, mais tempo para analisar a acusação, o julgamento pode ser paralisado por até 30 dias.

Julgamento de Bolsonaro

O objeto julgado será a reunião do ex-presidente com embaixadores, realizada em julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro levantou uma série de questionamentos sobre o processo eleitoral de 2018, sem nenhuma prova. Foi nessa eleição que ele tomou posse da presidência.

Em suma, Bolsonaro duvidou da segurança das urnas eletrônicas, que, segundo ele, teriam votado de forma automática nos candidatos do PT.

O ex-presidente também criticou ministros de tribunais superiores, como Fachin e Barroso, alegando que eles tinham simpatia por Lula, que até então era pré-candidato à presidência.

Ainda no encontro, Jair Bolsonaro propôs a implementação do voto impresso nas eleições de 2022. Já em 2021, a proposta foi enviada à Câmara e foi rejeitada pelos parlamentares.

Imagem: Alf Ribeiro / Shutterstock.com