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Moeda da Argentina cai 54,24% após anúncio do governo

Desvalorização drástica de 54,24% da moeda da Argentina causa preocupação no mercado global. Entenda o que aconteceu.

A desvalorização do peso argentino balançou o mercado financeiro internacional nesta quarta-feira (13). A moeda da Argentina sofreu uma desvalorização de 54,24% no início do dia, despertando preocupações entre especialistas do mercado.

Esse movimento ocorreu logo após o anúncio de um forte aperto fiscal pelo governo de Javier Milei, na tentativa de combater uma inflação anual alarmante.

Os primeiros registros eletrônicos apontaram que a unidade monetária argentina chegou a um recorde de 801 unidades por dólar às 10h02 (horário de Brasília), uma alta expressiva se comparado ao fechamento anterior, que marcou 366,55 unidades.

Os argentinos enfrentam uma inflação de aproximadamente 200% ao ano, o que representa uma perda significativa do poder de compra dos salários, afetando de maneira contundente a economia do país.

Moeda da Argentina: quais foram as medidas emergenciais adotadas pelo presidente Milei?

Foto da fachada do Banco Central da Argentina
Imagem: Mariano Gaspar / Shutterstock.com

O ministro da Economia, Luis Caputo, delineou na terça-feira (12) uma série de medidas emergenciais para lidar com a grave crise financeira. Dentre elas estão cortes drásticos nos gastos e uma desvalorização do peso, para aumentar a competitividade do país no cenário global.

A Argentina vive um cenário de instabilidade econômica há anos, e essa medida é vista como uma espécie de último recurso para tentar direcionar o país em um novo rumo.

O analista Salvador Vitelli, em entrevista à Reuters, salientou que essa desvalorização “é um pouco maior do que o mercado esperava”, o que indica a gravidade do cenário econômico atual do país.

Quais são as perspectivas para a economia argentina?

O peso argentino segue em queda, e o Banco Central da Argentina anunciou recentemente que irá manter sua taxa de juros de referência em 133% ao ano. Para isso, uma nova “paridade móvel” será exigida para enfraquecer o peso em 2% ao mês após a grande desvalorização.

O governo de Javier Milei também declarou que cortará subsídios ao transporte e à energia, e reduzirá as obras públicas para eliminar o déficit fiscal e, assim, reduzir o risco-país, enquanto trabalha paralelamente em um plano de reformas estruturais para enviar ao Congresso Nacional.

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Durante sua campanha eleitoral, Milei já havia prometido eliminar os rígidos controles de capital do país e as múltiplas taxas de câmbio que foram implementados para proteger as precárias reservas do Banco Central. Portanto, embora as medidas sejam duras, elas são vistas como necessárias para conter a crise econômica atual.

Imagem: Carolina Jaramillo / Shutterstock.com