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Sua aposentadoria pode passar por importante mudança por causa desta lei; confira!

Descubra como a nova lei 14.803 pode mudar a sua aposentadoria e entenda as diferenças entre tributação progressiva e regressiva!

Em agosto de 2024, uma importante na legislação sobre previdência privada trouxe novas implicações para aqueles que estão planejando a aposentadoria. A Lei 14.803, sancionada em janeiro pelo presidente Lula, alterou a forma como os investidores de previdência privada podem escolher o regime de tributação, seja ele progressivo ou regressivo.

Dessa forma, saiba mais informações sobre o que muda com essa nova lei e como ela pode afetar o seu planejamento de aposentadoria!

O Que é a Lei 14.803 e Por Que Ela é Importante?

A Lei 14.803 introduz uma inédita para os participantes de planos de previdência privada, tanto abertos (PGBL e VGBL) quanto fechados. Antes, ao contratar um plano, o investidor precisava escolher entre o regime de tributação progressiva ou regressiva no ato da contratação.

Essa escolha era definitiva e não poderia ser alterada, a não ser que o investidor desejasse reiniciar o prazo de 10 anos para alcançar a menor alíquota de 10% na tabela regressiva.

Com a nova lei, essa escolha poderá ser feita no momento de uso dos recursos, seja por meio de resgates ou conversão em renda, permitindo uma melhor adequação ao perfil e ao planejamento tributário do investidor.

Tributação Progressiva vs. Tributação Regressiva: Qual a Diferença?

Antes de explorar as implicações da nova lei, é importante entender as diferenças entre os regimes de tributação disponíveis:

Tributação Progressiva

A tributação progressiva funciona de forma similar ao Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF). As alíquotas variam de 0% a 27,5%, dependendo da faixa de renda do contribuinte no momento do resgate. Esse modelo é geralmente mais vantajoso para quem espera ter uma renda baixa na aposentadoria, pois permite que a tributação acompanhe a variação de renda ao longo do tempo.

Tributação Regressiva

A tributação regressiva oferece alíquotas que diminuem com o tempo de investimento. Começa em 35% para resgates feitos até dois anos de aplicação e vai decrescendo 5 pontos percentuais a cada dois anos, até chegar a 10% após 10 anos de permanência no plano. Esse regime é ideal para quem pretende deixar o dinheiro investido por longos períodos e espera uma renda mais alta na aposentadoria.

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Como a Receita Federal e Outras Instituições Estão Regulamentando a Lei?

Senhora olhando para um computador aberto em uma mesa, onde há também cadernos e uma xícara. aposentadoria governo
Imagem: Ground Picture / Shutterstock.com

Embora a Lei 14.803 tenha trazido novidades positivas, sua implementação prática ainda gera dúvidas no . Em agosto de 2024, a publicou a Instrução Normativa 2209, que trouxe mais clareza, mas não respondeu a todas as perguntas.

Principais Pontos da Instrução Normativa

  • Troca de Regime: a Instrução Normativa confirma que a troca de regime de tributação de regressiva para progressiva é permitida, mas ainda aguarda regulamentações adicionais para troca de progressiva para regressiva;
  • Histórico de : há incertezas sobre como será tratado o histórico de investimentos para quem já trocou de regime no passado, especialmente em casos de múltiplas portabilidades entre seguradoras;
  • Aguardando Novos Atos Normativos: a Receita Federal, em conjunto com Susep, Previc e Central, está desenvolvendo novas regulamentações que devem trazer respostas mais claras sobre os procedimentos a serem adotados.

O Que Fazer se Você Já Está Aposentado ou Próximo de Aposentar?

Para aqueles que já estão ou prestes a se aposentar, é fundamental considerar como essas podem afetar sua estratégia de saque. Se você está na tabela progressiva há muito tempo e percebeu que a regressiva pode ser mais vantajosa, vale a pena esperar por esclarecimentos adicionais da Receita antes de tomar qualquer ação.

Recomendações Práticas

  • Consulte um Especialista: antes de fazer qualquer mudança, consulte um planejador financeiro ou contador especializado em previdência privada para entender as melhores opções para o seu caso específico;
  • Revise seu Plano de Resgate: com a nova lei, você pode reconsiderar seus planos de resgate e ajuste de renda, optando pelo melhor regime tributário no momento da retirada;
  • Atenção às Datas: note que a Receita estabeleceu um prazo até 30 de para alguns casos específicos de troca de tributação após resgates feitos neste ano. Esteja atento a essas datas para não perder oportunidades.

Exemplos Práticos de Mudança de Tributação

Mãos segurando uma folha e operando uma calculadora
Imagem: Elena Kulygina / shutterstock.com

Imagine uma mãe que contratou uma previdência para seu filho quando ele tinha 15 anos, optando pela tabela regressiva. Aos 18, o jovem decide que quer usar o dinheiro para um intercâmbio. Com apenas três anos de investimento, a alíquota da tabela regressiva seria de 30%, um valor alto.

Com a nova lei, ele pode optar pela tabela progressiva, possivelmente reduzindo o imposto a zero se não tiver outras rendas tributáveis.

Outro exemplo é um profissional que, na fase inicial de sua carreira, escolheu a tabela progressiva, esperando uma renda futura modesta. Com o tempo, ele acumula uma renda mais alta e se aproxima da aposentadoria. A possibilidade de mudar para a tabela regressiva no momento da conversão para renda permite-lhe reduzir o imposto de 27,5% para 10%.

Considerações Finais

A Lei 14.803 representa um avanço significativo na flexibilidade de escolha do regime tributário para planos de previdência privada. Essa mudança pode trazer economias importantes para os aposentados e permitir um melhor planejamento financeiro.

No entanto, é essencial estar atento às regulamentações adicionais e às orientações dos órgãos reguladores para maximizar os benefícios oferecidos pela nova lei.

Imagem: Khongtham / Shutterstock.com